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Refugiados ganham novas oportunidades de trabalho no ES

Projeto de inclusão da Rede Meridional já contratou venezuelanos, cubanos e haitianos; iniciativa integra Fórum da ONU sobre refugiados

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Imiry Del Valle Lemus Marín ao lado do marido e dos filhos, que deixaram a Venezuela em busca de segurança e novas oportunidades no Espírito Santo

Imiry Del Valle Lemus Marín ao lado do marido e dos filhos, que deixaram a Venezuela em busca de segurança e novas oportunidades no Espírito Santo. Foto: Arquivo Pessoal

A busca por segurança e estabilidade fez com que milhares de pessoas deixassem seus países de origem nos últimos anos, e muitos desses refugiados encontraram no Espírito Santo uma nova chance de recomeço. Só no Brasil, segundo a ONU, mais de 700 mil pessoas estão em situação de refúgio. No estado, iniciativas como o projeto “Inclusão Sem Fronteiras”, da Rede Meridional/Kora Saúde, têm aberto portas no mercado de trabalho.

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O programa começou em 2023 e, desde então, já contratou mais de 40 profissionais refugiados, a maioria vindos da Venezuela, mas também de países como Haiti, Cuba, Guiné-Bissau e Colômbia. Só no Espírito Santo, 25 deles atuam principalmente em áreas administrativas e de atendimento nos hospitais da rede.

Superação de barreiras no mercado de trabalho

A história de Imiry Del Valle Lemus Marín, de 50 anos, exemplifica os desafios enfrentados por quem chega ao Brasil em busca de uma nova vida. Há seis anos no país, ela, o marido e os filhos fugiram da instabilidade política e econômica da Venezuela.

“A maior dificuldade foi conseguir trabalho. Já tinha desistido, mas participei de uma feira de empregos organizada pelo Projeto Ninho e, em menos de 15 dias, consegui uma entrevista. Foi assim que entrei na Kora Saúde”, conta Imiry, hoje assistente financeira na sede da empresa, em Vitória.

Ela destaca que o acolhimento no ambiente de trabalho fez toda a diferença. “Desde o primeiro dia me senti respeitada. Aqui as pessoas são amáveis. Posso dizer que me sinto capixaba de alma”, afirma.

Iniciativas de inclusão ganham força

A Kora Saúde é atualmente membro do Fórum Empresas com Refugiados, uma parceria da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) com o Pacto Global da ONU Brasil. O objetivo é incentivar ações de empregabilidade e integração social de pessoas refugiadas em todo o país.

Para a coordenadora de Recrutamento e Seleção Corporativo da Kora Saúde, Magda Costa, os benefícios vão além da responsabilidade social. “A diversidade trouxe ganho para as equipes. Hoje temos colaboradores bilíngues e com diferentes vivências culturais, o que enriquece o ambiente de trabalho”, explica.

Apoio de ONGs locais

No Espírito Santo, o Projeto Ninho, criado em 2020, também tem papel importante nesse processo de integração. A ONG atua oferecendo acolhimento, orientação e promovendo ações como feiras de empregabilidade voltadas ao público refugiado.

Neste 20 de junho, Dia Mundial do Refugiado, histórias como a de Imiry reforçam a importância de ações conjuntas entre iniciativa privada, poder público e sociedade civil para transformar vidas e garantir direitos básicos como o acesso ao trabalho.

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