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Dinheiro

Preço do brócolis dispara e supera o da carne na GV

Assim como o brócolis outros vegetais estão com preços mais altos. A dica dos nutricionistas é substituir para não ter prejuizo no bolso e nem na saúde

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Brocolis

R$ 47 o quilo? Brócolis está mais caro que carne na GV. Foto: Leitor

Que consumir brócolis traz benefícios para o organismo é indiscutível. Já para o bolso, deixa dúvidas. O preço do vegetal subiu e ele chega a ser encontrado por R$ 47 o quilo em alguns supermercados da Grande Vitória. Esse valor é mais alto do que alguns cortes de carne, como, por exemplo, o patinho, que é encontrado a R$ 39,90 o quilo.

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Na foto enviada por um leitor do portal ES360, uma cabeça de brócolis com pouco mais de 430 g estava sendo vendida por R$ 20,67. A imagem foi registrada nesta quarta-feira (29). Mas, pelo visto, não é só esse vegetal que está elevando a conta do supermercado.

“Aqui em casa, vamos ao supermercado e à feira toda semana e percebemos o aumento de vários produtos. O brócolis subiu, o alface, a couve-flor, e a cebola subiram muito. Agora, com as chuvas no Rio Grande do Sul, minha preocupação é com o arroz”, disse a aposentada Marilene Coimbra.

A nutricionista Vanessa Galina recomenda que o brócolis seja consumido pelo menos uma vez na semana. “O brócolis é um vegetal com muitas propriedades benéficas, dentre elas, possui uma grande fonte de Vitaminas C, E e A, que desempenham um importante papel na saúde da nossa pele. É rico em fibras, ajuda na constipação intestinal, auxilia na digestão, na recuperação muscular, e nos ajuda a excretar quaisquer toxinas prejudiciais”, explicou.

Mas, com esse acréscimo no valor, o que fazer? O jeito é substituir. “Pode ser substituído por todas as hortaliças verde escuras que também são ricas em vitaminas do complexo B. Além das hortaliças do mesmo grupo de vegetais que ele, as brássicas, como o couve-flor, repolho, rabanete e nabo”, detalhou Vanessa Galina.

Alta nos preços

Fatores climáticos, como as chuvas que devastaram algumas cidades do Rio do Sul, podem ser os responsáveis pela peso no bolso do consumidor. Na Central de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES), por exemplo, a alta deve atingir principalmente o preço das frutas. Em nota, o órgão informou que a enchente pode interferir na quantidade de produtos que chegarão à Ceasa-ES nos próximos dias.

“Já tem chegado uma quantidade menor de alimentos, porém não há risco de desabastecimento, pois outros produtos chegam em caminhões por rotas alternativas. Se houver menor quantidade de produtos, os preços poderão aumentar, devido à lei da oferta e da procura”.

Os produtos que devem sofrer maiores altas são batata e maçã, que são os principais alimentos exportados pelo Rio Grande do Sul. “Mas há também outros estados que podem suprir essa demanda. A batata, por exemplo, vem também de São Paulo. E a maçã pode vir de outros estados como Paraná e Santa Catarina”, explicou a Ceasa-ES.

Já nos supermercados, os consumidores também podem esperar reajuste nos preços. De acordo com a Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), no momento não há perspectiva de falta de produtos, pois os estabelecimentos trabalham com estoque de reposição, além de poder contar com fornecedores de outros mercados.

“A enchente no Rio Grande do Sul, contudo, trará impactos não somente para o Espírito Santo, mas para muitos outros Estados brasileiros, devido a dificuldades logísticas pontuais relacionadas a produtos como aves e suínos, que dependem em boa parte da soja e do milho do Rio Grande do Sul”, informou a entidade por meio de nota.

Importação após chuvas no RS

Ao comentar os efeitos dos temporais registrados no Rio Grande do Sul no agronegócio brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o país pode precisar importar arroz e feijão para equilibrar a produção e conter o aumento dos preços.

“Fiz uma reunião com o ministro [do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar] Paulo Teixeira e com o ministro [da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] Carlos Fávaro sobre a questão do preço do arroz e do feijão, porque estavam caros. Eu disse que não era possível a gente continuar com o preço caro. Alegaram que a área plantada estava diminuindo e que havia um problema do atraso da colheita no Rio Grande do Sul.”

“Agora, com a chuva, acho que nós atrasamos de vez a colheita do Rio Grande do Sul. Se for o caso, para equilibrar a produção, vamos ter que importar arroz, vamos ter que importar feijão. Para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha”, completou.


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