Dinheiro
“Possibilidade real”, diz ministro sobre a volta do horário de verão
Silveira ressaltou que a crise hídrica atual é preocupante e exige atenção
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou novamente que o retorno do horário de verão é uma “possibilidade real”, mas que ainda não há uma decisão final. Segundo o ministro, a medida só será adotada se a situação de estiagem no Brasil não melhorar, com previsão para novembro.
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“O horário de verão é uma possibilidade real, mas a decisão não está tomada; me reuni com as empresas aéreas, se o quadro não melhorar nos próximos dias, a possibilidade do horário de verão pode se tornar uma realidade muito premente”, declarou.
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (2), Silveira ressaltou que a crise hídrica atual é preocupante e exige atenção. Ele também defendeu o uso do saldo da conta bandeira para reduzir o valor da conta de luz.
“O ministro se equilibra sempre entre segurança energética e modicidade tarifária, e a segurança energética é mais importante que a motricidade tarifária. Nós vivemos a maior crise hídrica dos últimos 74 anos”, destacou.
Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontam que o volume hídrico atual é o menor desde o início das previsões, em 1950.
Discussões
As discussões sobre a possível volta do horário de verão começaram no início de setembro, quando o governo passou a avaliar alternativas para economizar energia diante da estiagem. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já recomendou que a medida seria “prudente e viável”, considerando o planejamento para 2025 e 2026.
“O horário de verão é muito transversal e a decisão tem que ser tomada com muita responsabilidade. Mesmo com sinalização positiva da ONS, para a possibilidade de uma possível volta dessa política pública”, frisou.
A questão do horário de verão não é nova. A prática foi suspensa em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, que justificou a decisão com base em estudos sobre a economia de energia e os impactos no relógio biológico da população. Desde então, o debate sobre sua eficácia e necessidade permanece polêmico.
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