Portabilidade da conta de luz: o que é e como você pode economizar

Portabilidade de energia ainda é pouco conhecida. Foto: Freepik

A portabilidade da conta de luz está prestes a transformar o setor elétrico no Brasil. Até 2030, consumidores de baixa tensão, incluindo residências, pequenos comércios e indústrias, poderão negociar contratos no Mercado Livre de Energia.

Atualmente, esses clientes fazem parte do Mercado Cativo, no qual compram energia exclusivamente de distribuidoras locais, como a EDP. Com a mudança, será possível escolher qualquer geradora ou comercializadora, garantindo preços mais competitivos e liberdade de negociação.

No novo modelo, as distribuidoras continuarão responsáveis pela transmissão da energia até os imóveis. O consumidor, porém, poderá contratar fornecedores diretamente, pagando apenas uma tarifa pelo serviço de distribuição.

Até janeiro de 2025, apenas empresas conectadas à alta e média tensão podem aderir ao Mercado Livre. Essa migração possibilita economias de até 30% na conta de luz, já que os contratos são negociados diretamente com as comercializadoras.

A abertura desse mercado em 2024 já beneficiou cerca de 100 mil empresas com consumo a partir de R$ 8 mil mensais. Entre os setores mais impactados estão supermercados, academias e condomínios, que passaram a ter previsibilidade de preços e maior controle sobre seus custos energéticos.

Vantagens do novo modelo

Além da economia, a portabilidade permite que consumidores escolham a fonte de energia, priorizando alternativas renováveis, como solar, eólica e biomassa. Em alguns países, a mudança de fornecedor é feita até por aplicativo, de forma simples e ágil, semelhante à contratação de planos de telefonia.

Empresas que aderirem ao Mercado Livre também terão acesso ao conceito de “energy as a service”. Esse modelo inclui benefícios como redução de emissões de gases do efeito estufa sem necessidade de investimentos diretos em infraestrutura.

A portabilidade beneficia diversos setores que estão ligados a alta tensão. Indústria (frigoríficos, laticínios, indústria de plásticos e química), serviços (abastecimento de água, condomínios, hotéis) e comércio (supermercados, restaurantes, shoppings, postos de gasolina) são alguns que poderão ter melhorias com as mudanças.

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