Dinheiro
Pedágio da BR 101 vai subir. Veja os valores
O novo valor do pedágio faz parte do acordo de repactuação com a Eco-101 para duplicar a rodovia
Com a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de validar o acordo que permite a Eco-101 retomar as obras de duplicação da BR-101, o pedágio cobrado aos motoristas vai ficar mais caro no novo contrato.
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No acordo, a empresa poderá participar do novo leilão e, caso seja a vencedora, terá prazo de 10 anos, além dos 9 ainda restantes contratados. Por isso, será necessário o aumento da tarifa. O trecho que vai ser entregue à concessão é de 478,7 quilômetros ao longo da BR-10.
“Assim, foi calculado novo valor de pedágio que resulta em tarifas com degraus tarifários iniciando em R$ 7,10 para cada 100 km e chegando a R$ 15,60 ao final do contrato”, diz um trecho do acordo.
Isso não significa, no entanto, que o pedágio será fixo nesses valores, já que os valores cobrados são calculados após uma série de fatores. Atualmente, o pedágio mais caro está em São Mateus, norte do estado, que é de R$ 4,60.
Mas os valores variam de acordo com a localização. Na praça de Mimoso do Sul, por exemplo, o valor é de R$ 2.
O acordo altera a previsão de investimentos, que incluem duplicações, contornos urbanos e ampliações de faixas, com valores estimados em R$ 7,07 bilhões para obras (capex) e R$ 3 bilhões para operação (opex). A Eco-101 poderá participar da nova concorrência conforme os moldes estabelecidos pela ANTT. Caso ocorra troca de concessionária, a transição será feita em três anos, evitando interrupções nas melhorias.
A concessionária Eco-101 também se comprometeu a quitar as multas aplicadas, totalizando R$ 183,4 milhões em débitos calculados pela ANTT. Em nota, a concessionária aguardará a publicação da decisão do TCU para dar andamento às providências necessárias para a sua implementação.
Sobre a BR-101
A BR-101 é fundamental para o escoamento da produção agrícola, abrangendo desde o trevo de Mucuri, na Bahia, até Mimoso do Sul, no Espírito Santo. Devido à infraestrutura deficiente, a rodovia registra altos índices de acidentes. O projeto de duplicação foi licitado entre 2012 e 2013, mas a concessionária EcoRodovias alegou, em 2022, o aumento dos custos com insumos, como o petróleo, e dificuldades para obtenção de licenças ambientais, além da baixa movimentação causada pela pandemia de Covid-19.
Segundo o ministro Walton Alencar Rodrigues, “a solução consensual preserva os contratos vigentes e promove um ambiente regulatório mais eficiente e dinâmico, fundamental para atrair investimentos privados e impulsionar o crescimento econômico do país.”
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