fbpx

Dinheiro

Farmácias do ES são alvo da PF por fraudes no Farmácia Popular

Operação investiga venda simulada de medicamentos na Grande Vitória; prejuízo estimado aos cofres públicos ultrapassa R$ 5,6 milhões

Publicado

em

Receituários falsificados apreendidos durante a operação Revenant, que apura fraudes no programa Farmácia Popular na Grande Vitória

Receituários falsificados apreendidos durante a operação Revenant, que apura fraudes no programa Farmácia Popular na Grande Vitória. Foto: Divulgação/PF

Farmácias da Grande Vitória estão na mira da Polícia Federal por envolvimento em um esquema de desvio de recursos do programa Farmácia Popular. Os estabelecimentos são suspeitos de simular a venda de medicamentos subsidiados pelo Governo Federal, utilizando receitas médicas e nomes de pacientes falsos — alguns já falecidos — para justificar o repasse indevido de verbas públicas.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

A investigação culminou na deflagração da operação Revenant nesta quarta-feira (6). Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em imóveis ligados a sócios de farmácias investigadas nos municípios de Vila Velha e da Serra. A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de mais de R$ 5,6 milhões, valor correspondente ao prejuízo estimado.

Receitas falsas e nomes de mortos

De acordo com a Polícia Federal, os investigados usavam nomes de pessoas aleatórias, incluindo falecidos ou residentes de outros estados, para preencher receituários médicos falsificados. Os documentos eram usados para forjar uma prestação de contas junto ao Ministério da Saúde, como se os medicamentos tivessem sido entregues aos supostos beneficiários.

Na prática, os remédios nunca saíam das prateleiras. Com isso, os envolvidos recebiam os valores previstos pelo programa, que visa ampliar o acesso a medicamentos na rede privada por meio de parcerias com farmácias.

Apreensões confirmam a fraude

Durante o cumprimento dos mandados, os agentes da PF encontraram blocos de receitas e carimbos médicos falsificados. O material apreendido reforça a suspeita de fraude e será analisado para aprofundar a investigação.

As ações foram autorizadas pela 1ª Vara Federal Criminal de Vitória. A operação visa não apenas reunir novas provas, mas também desarticular financeiramente o grupo envolvido no esquema.

Suspeitos podem responder por diversos crimes

Entre os crimes investigados estão estelionato contra a União, falsidade ideológica, falsificação de documentos particulares, uso de documento falso e associação criminosa. Se condenados por todos os crimes, os suspeitos podem cumprir mais de 20 anos de prisão.

As farmácias e os nomes dos envolvidos ainda não foram divulgados pela Polícia Federal. As investigações continuam.

LEIA TAMBÉM: