EUA têm mais de 187 mil vagas de emprego para chefs e cozinheiros

Vagas de emprego na cozinha vai além do restaurante tradicional. Foto: Freepik

Chefs brasileiros têm ganhado destaque nos Estados Unidos, impulsionados pela valorização da culinária étnica e pela busca por experiências autênticas. Esse cenário abre oportunidades para profissionais que desejam internacionalizar a carreira, mas também levanta a questão sobre os caminhos legais para atuar no país.

Segundo o advogado Vinícius Bicalho, o setor de hospitalidade americano vive um momento de crescimento sem precedentes. “A escassez de mão de obra qualificada cria espaço para profissionais estrangeiros, especialmente chefs com expertise em culinária internacional”.

As oportunidades vão além de restaurantes tradicionais: food trucks, padarias artesanais, serviços de catering, delivery premium e projetos de fusão cultural e sustentabilidade.

O mercado americano valoriza chefs que preservam receitas tradicionais e combinam técnica com identidade cultural. “Fotos, reportagens e prêmios ajudam a comprovar relevância profissional e diferenciam o candidato a um visto”, observa Bicalho.

Salários e oportunidades

O mercado americano oferece remuneração atraente, que varia conforme experiência, região e porte do estabelecimento:

• Salário médio anual: cerca de US$ 61 mil.
• Alta gastronomia: acima de US$ 73 mil por ano.
• Carreira inicial ou pequenos negócios: US$ 35 mil a US$ 45 mil anuais.
• Empreendedores gastronômicos: receita variável, mas com alto potencial de lucro.

Além do salário base, gorjetas, bonificações e participação nos lucros podem aumentar significativamente a renda. Imigrantes representam 22% da força de trabalho nos restaurantes americanos. Entre chefs, 25,5% são latinos, 13,9% asiáticos e 16,7% afro-americanos. Para Bicalho, “chefs estrangeiros trazem tradições e histórias que transformam a experiência gastronômica”.

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Vistos disponíveis para chefs

Existem diferentes rotas legais para atuar nos EUA:

• EB-3 (Profissionais Qualificados): exige oferta de emprego e garante Green Card.
• O-1 (Habilidades Extraordinárias): para chefs reconhecidos por prêmios, publicações ou atuação em restaurantes renomados.
• EB-2 NIW (National Interest Waiver): permite residência sem oferta de trabalho, desde que o profissional demonstre relevância nacional.

“O EB-2 NIW é ideal para chefs que unem tradição e inovação, mostrando a culinária como ponte cultural e vetor econômico”, explica Bicalho.

Checklist para chefs internacionais

Para atuar legalmente nos EUA, é fundamental:

• Comprovar experiência profissional;
• Montar portfólio com fotos, prêmios e participações;
• Estruturar modelo de negócio, se empreendedor;
• Planejar a estratégia jurídica de acordo com o visto adequado.