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ES lança política contra desastres e libera R$ 50 milhões em obras

Estado amplia investimentos em contenção de encostas, drenagem e ações de monitoramento; objetivo é reduzir riscos de tragédias climáticas

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Governador Renato Casagrande lança a Política Estadual “ES sem Desastres” ao lado de autoridades da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros

Governador Renato Casagrande lança a Política Estadual “ES sem Desastres” ao lado de autoridades da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. Foto: Divulgação

O Espírito Santo terá um reforço de R$ 50 milhões para obras de prevenção a desastres naturais em áreas de risco. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (18), durante o lançamento da Política Estadual de Enfrentamento a Desastres, batizada de ES sem Desastres. O valor será repassado aos municípios por meio de edital público, com prioridade para projetos de contenção de encostas e drenagem urbana.

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Segundo o governador Renato Casagrande, a decisão amplia em cinco vezes o recurso inicialmente previsto. “O edital para os municípios seria de R$ 10 milhões, mas tomamos a decisão de colocar R$ 50 milhões”, afirmou.

O que pode ser feito nas cidades

As prefeituras poderão apresentar projetos voltados para a estabilização de encostas, desassoreamento de rios, canalização de córregos e contenção de margens. Essas obras são consideradas fundamentais para reduzir deslizamentos e alagamentos, problemas recorrentes em períodos de chuva intensa.

De acordo com o governo, as intervenções também ajudam a proteger serviços essenciais e a economia local, ao evitar perdas materiais e sociais durante eventos extremos.

Cooperação para monitorar áreas de risco

Além do repasse de recursos, foi assinado um acordo de cooperação técnica com o Serviço Geológico do Brasil (SGB). O documento prevê a instalação de uma unidade do órgão em Vitória, com equipe especializada para suporte técnico-operacional.

O trabalho inclui mapeamento de áreas vulneráveis, capacitação de técnicos e fortalecimento das ações de monitoramento de risco geológico. “Não são apenas obras que resolvem os problemas, mas também precisamos proteger o meio ambiente”, disse Casagrande.

Estruturação da política estadual

Com o decreto assinado, o Espírito Santo passa a contar com uma política integrada para enfrentar secas, estiagens, enchentes e incêndios florestais. O plano reúne seis pilares de atuação, que vão desde o monitoramento climático até a recuperação de áreas afetadas por desastres.

Entre os programas previstos estão:

  • Segurança Hídrica: planejamento e obras para enfrentar estiagens e garantir abastecimento de água;
  • Prevines: fortalecimento da prevenção e combate a incêndios florestais durante o período de seca;
  • Preparação e Resposta a Desastres: protocolos integrados para atuação conjunta de Estado, municípios e sociedade civil.

Espírito Santo como referência nacional

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Cerqueira, destacou que o estado se consolida como exemplo na gestão de riscos. “Hoje temos plano, fundo e mecanismos que não ocorrem em todos os estados. Isso nos permite avançar de forma importante”, afirmou.

Já o coordenador estadual de Defesa Civil, coronel Benício Ferrari Júnior, reforçou que a política envolve toda a sociedade: “A defesa civil não é só quem veste o colete laranja, é cada um de nós”.

Com isso, o governo capixaba busca manter o estado preparado para enfrentar tanto o período de chuvas quanto as estiagens, ampliando a resiliência das cidades e protegendo as populações mais vulneráveis.

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