Dinheiro
Empresas insistem em pagar até R$ 25 a motoristas de aplicativo
Com a falta de novidades nas propostas feitas pelas empresas, as negociações não avançaram
Em São Paulo, na sexta-feira (14), houve a primeira discussão bilateral acerca da regulamentação do trabalho via aplicativos, com a presença de representantes dos trabalhadores e das plataformas.
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De acordo com publicação da 55 Content, não se observou progresso nas conversações. As propostas feitas pelas plataformas não eram novas. A Amobitec, defendendo gigantes como Uber, 99 e iFood, ofertou um salário mínimo de R$21,22 por hora laborada. O MID, por outro lado, representando inDrive, Rappi, Loggi, e outras 1.253 empresas menores, sugeriu R$25,00 por hora.
Os trabalhadores, em contrapartida, reiteraram sua proposta inicial, apresentada na primeira discussão tripartite: R$10,00 por corrida e R$2,00 por cada km rodado.
Carina Trindade, representando os motoristas e líder do SIMTRAPLI-RS, mencionou que as empresas defendem seus valores argumentando que só podem remunerar pelas horas efetivamente trabalhadas. A complexidade surge pois muitos motoristas operam múltiplos aplicativos ao mesmo tempo.
Carina ressaltou: “Os argumentos das plataformas são repetidos, mas os sindicatos permanecem firmes em suas demandas em prol dos trabalhadores.”
Face ao desacordo, ambas as partes têm até o dia 30 para encontrar um meio-termo. Caso não haja consenso até então, o governo atuará na questão.
O impasse pode levar o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a estender as discussões por mais 150 dias ou encerrar o grupo de trabalho. Nesta última situação, a decisão recairia sobre o presidente Lula.
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