Azeite falsificado: aprenda a identificar antes de levar pra casa

Alguns passos são essenciais para identificar um azeite falsificado. Foto: Freepik

Você já se perguntou se o azeite que usa é realmente verdadeiro? Mesmo com fiscalização, fraudes ainda são comuns. A prática de substituir azeite por óleo é mais frequente do que se imagina. Além de prejuízo no bolso, o problema afeta a saúde. Azeite falso perde nutrientes, antioxidantes e pode conter substâncias prejudiciais.

O primeiro passo é observar a embalagem. Azeite de qualidade vem, quase sempre, em garrafas de vidro escuro. As cores verde ou âmbar ajudam a proteger o produto da luz.

Também é importante conferir o rótulo. Veja se informa que é “azeite extra-virgem”, além da procedência e da data de envase. Garrafas com boca larga facilitam fraudes, principalmente em restaurantes.

O aroma entrega muito. Azeite de verdade tem cheiro fresco, com notas de folhas, ervas ou frutas. Se tiver odor de gordura velha ou mofo, desconfie. No sabor, dois sinais são fundamentais: amargor e picância. O amargo revela antioxidantes naturais. Já a ardência na garganta indica qualidade. Se for neutro, oleoso ou pastoso, é sinal de problema.

No mercado, atenção aos detalhes

Mesmo com o produto lacrado, dá para identificar possíveis fraudes. O rótulo deve informar claramente que é “extra-virgem”. Também deve trazer país de origem, data de envase e validade.

Observe ainda os selos. Certificações como IGP (Indicação Geográfica Protegida) ou DOP (Denominação de Origem Protegida) garantem procedência e qualidade. Outro ponto essencial é o tempo de envase. Prefira azeites envasados há, no máximo, um ano. Quanto mais novo, melhor a qualidade.

Sinais de que pode ser falso

Existem alguns alertas simples. O primeiro é o preço muito baixo. Para produzir um litro de azeite, são necessários cerca de 10 kg de azeitonas. Se o preço estiver muito abaixo da média, desconfie.

Rótulos confusos, genéricos ou com muitos idiomas também são sinais de fraude. Frases como “tempero português” ou “mistura espanhola” indicam que não se trata de azeite puro. Além disso, se faltar no rótulo informações como nome do produtor, país de origem ou data de envase, melhor não levar.

Suspeitou? Saiba como agir

Se desconfiar de fraude, acione o Procon do seu estado. Questões que envolvem saúde devem ser denunciadas à Anvisa. O site do Ministério da Agricultura também traz informações sobre marcas fiscalizadas e normas de qualidade.