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Aplicativos de bancos digitais falham e usuários têm prejuízos

Com o avanço do dia, as reclamações diminuíram, indicando possível estabilização dos aplicativos

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Usuários reclamam de instabilidade nos aplicativos da XP e Rico. Foto: Divulgação

Em pleno pregão de alta da Bolsa, os aplicativos das corretoras XP Investimentos e Rico saíram do ar nesta quarta-feira (8), deixando milhões de investidores sem acesso às plataformas. A falha generalizada causou prejuízos financeiros, revolta nas redes sociais e reacendeu críticas sobre a fragilidade da infraestrutura digital das empresas.

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Logo na abertura do mercado, o Ibovespa subia 0,8% impulsionado por ações de tecnologia e commodities. No entanto, usuários relataram que não conseguiam fazer login ou operar. Mensagens de erro como “serviço indisponível” e carregamentos sem fim dominaram as telas. No Downdetector, o pico de reclamações foi registrado às 10h42, com São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília entre os locais mais afetados.

As hashtags #XPForaDoAr e #RicoForaDoAr rapidamente entraram nos trending topics do X (antigo Twitter). Investidores compartilharam prints, memes e relatos de perdas. Um deles afirmou ter perdido uma operação em ações da Petrobras. Outro classificou a falha como “inadmissível” para uma corretora com milhões de clientes.

A XP, que atende mais de 4 milhões de investidores, e a Rico, com cerca de 1 milhão, já enfrentaram falhas semelhantes. Em setembro de 2024, as duas corretoras, além da Clear, ficaram instáveis. Em 2022, a XP passou dois dias com erros no aplicativo. As recorrências levantam dúvidas sobre a capacidade das plataformas de suportarem picos de acesso.

A falha desta quarta-feira afetou especialmente o sistema de autenticação. Enquanto a Clear operava normalmente, XP e Rico enfrentavam travamentos, indicando um possível problema nos servidores centrais que ambas utilizam. Técnicos das empresas disseram estar trabalhando para resolver a situação, mas não apresentaram prazo.

A ausência de um posicionamento oficial até o meio-dia gerou ainda mais críticas. A XP optou por responder individualmente aos usuários nas redes, atitude considerada insuficiente diante da gravidade da situação. Em falhas anteriores, as corretoras chegaram a oferecer isenção de taxas como compensação, mas até o fim da tarde desta quarta, nenhuma medida havia sido anunciada.

Com o passar das horas, as queixas diminuíram, indicando estabilização parcial. No entanto, investidores ainda relatavam problemas em operações mais complexas. Em um ambiente em que mais de 60% das ordens da Bolsa são feitas online, a tolerância a falhas técnicas é mínima. Diante disso, muitos clientes ameaçaram migrar para concorrentes como NuInvest, BTG ou Itaú.

As informações são do site Techtudo.