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Alta da taxa Selic impulsiona aplicações na Renda Fixa

Nova alta da Selic traz oportunidades para diversificar investimentos e proteger o patrimônio financeiro

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Copom autorizou uma nova alta de 0,5% na taxa Selic. Foto: Agência Brasil

Copom autorizou uma nova alta de 0,5% na taxa Selic. Foto: Agência Brasil

Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) autorizou uma nova alta de 0,5% na taxa Selic, como já era esperado pelo mercado. O aumento dos juros acontece em um cenário de inflação alta e atividade econômica ainda forte.

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Segundo Caio Megale, economista-chefe da XP, esse ambiente exige uma política monetária mais apertada. Por isso, é provável que os juros se mantenham elevados por um tempo considerável.

O impacto dessa decisão é mais evidente para empresas e ativos de risco. Com a alta da Selic, o custo de financiamento para as empresas tende a aumentar, o que torna mais caro o acesso ao crédito. Além disso, os ativos de risco, como as ações, tendem a perder atratividade. Isso acontece porque a relação risco-retorno piora, tornando os investimentos mais arriscados e menos lucrativos em um cenário de juros elevados.

Apesar dos efeitos negativos, a decisão do Copom não afeta todas as empresas da mesma forma. De acordo com os economistas da XP, “Os membros do Copom vêm enfatizando que a incerteza global exige cautela adicional na condução da política monetária e […] também vêm destacando que o aumento da incerteza exige flexibilidade”, destacam em relatório.

Expectativa de aumento

A expectativa de que os juros possam continuar subindo é reforçada pela declaração dos analistas: “Nenhuma sinalização, por definição, não significa que os juros ficarão parados no próximo mês. As portas ficarão abertas”.

Para os investidores, essa alta na taxa Selic pode ser uma oportunidade de aproveitar os investimentos em renda fixa. Cecília Perini, sócia e líder da XP em Minas Gerais e no Espírito Santo, recomenda que, “as opções de investimentos em renda fixa, sobretudo os que têm prazos de vencimento curto ou intermediário, são as melhores alternativas atualmente”.

Cecília ainda ressalta que, apesar do cenário favorável para a renda fixa, a diversificação deve ser sempre considerada. “Os produtos de renda fixa têm apresentado uma melhor margem de ganho e estão atraindo os investidores, principalmente por oferecer estabilidade e segurança. Entre os mais buscados estão os títulos pós-fixados e o Tesouro Selic.”

A especialista também sugere que a alta de juros pode gerar oportunidades na renda variável. Isso ocorre, especialmente, com a oferta de papéis mais baratos, o que pode beneficiar quem investir com foco no longo prazo.