Vitória terá “radar de raios” que emite alertas de tempestades

Raios. Foto: Freepik

Vitória vai ganhar seu primeiro “radar de raios”, capaz de detectar tempestades e emitir alertas com até 20 minutos de antecedência. O equipamento, inédito no Espírito Santo, terá alcance de 40 quilômetros e vai monitorar descargas elétricas em tempo real, beneficiando toda a região Metropolitana.

A tecnologia permitirá que órgãos públicos e empresas adotem medidas preventivas antes que o raio atinja. Isso inclui interromper eventos, suspender partidas esportivas, paralisar abastecimentos de combustível e orientar trabalhadores em áreas abertas a buscar abrigo.

Segundo o prefeito Lorenzo Pazolini, a cidade passará a contar com dados precisos sobre a incidência de raios. “O alerta de 20 minutos é suficiente para orientar comunidades, acionar protocolos de segurança e evitar tragédias”, afirmou.

Cobertura ampliada

O sistema também vai monitorar áreas marítimas e cidades vizinhas, como Vila Velha e Serra. A abrangência regional amplia o uso das informações por setores como energia, transporte, portos e aeroportos.

Para o coordenador da Defesa Civil de Vitória, Tarcísio José Föeger, o centro representa um salto na prevenção de riscos. “Com dados de alta precisão, será possível compreender a dinâmica dos raios e agir com mais eficácia”, disse.

Parceria sem custo

O projeto será implantado por meio de acordo de cooperação com a empresa Romioto Instrumentos de Medição, sem repasse de recursos financeiros. O sensor BTD (Biral Thunderstorm Detector) identifica descargas entre nuvem e solo e também entre nuvens, ampliando a precisão do monitoramento.

Segundo o representante da empresa, Levi Funi, a tecnologia combina eletrodos e receptor de rádio para detectar baixas frequências. “O equipamento registra o momento exato da descarga e, mais importante, antecipa o alerta em até 20 minutos”, explicou.

Operação prevista para este ano

A instalação começa nos próximos meses, e a expectativa é que o sistema entre em funcionamento ainda em 2025. Além de enviar alertas à população, os dados serão disponibilizados para órgãos públicos, universidades e empresas, criando um histórico de incidências que poderá orientar políticas de segurança e planejamento urbano.

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