Dia a dia
Violência de pais contra filhos choca capixabas: veja 3 casos
Um dos casos é o de um bebê de seis meses que teve os pés queimados com água quente pela própria mãe. Mulher foi presa
Três casos chocantes de violência praticada por pais contra os próprios filhos foram divulgados pela polícia nesta quinta-feira (21). O primeiro é o caso de um bebê de apenas seis meses, que deu entrada no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória, com queimaduras graves nos pés. Ele foi levado pela mãe, e a mulher acabou sendo presa, acusada de ter queimado a criança com água quente.
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Policiais militares foram ao hospital e conversaram com um conselheiro tutelar de Cariacica, que acompanhava a ocorrência. Ele informou aos militares que a criança já sofria maus-tratos e as queimaduras poderiam ter sido causadas propositalmente pela genitora. A mulher de 32 anos, mãe da vítima, foi conduzida à Delegacia Regional de Cariacica.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher, de 32 anos, foi autuada em flagrante por tortura qualificada praticada contra uma criança sob sua guarda, causando intenso sofrimento físico ou mental como forma de castigo pessoal, com agravante de pena por se tratar de um crime cometido contra criança. Após os procedimentos, a suspeita foi encaminhada ao Centro de Triagem de Viana (CTV), onde permanece à disposição da Justiça.
Tentativa de homicídio
O segundo caso também aconteceu em Cariacica. Uma mulher de 48 anos foi presa após jogar um jarro de plantas na cabeça da filha enquanto a jovem de 21 anos dormia. Policiais militares foram até o local. “A mulher de 48 anos foi resistente e não cooperativa, desobedecendo às ordens de abordagem, sendo necessário o uso do taser”, diz a nota da PM. A mãe foi conduzida à Delegacia Regional de Cariacica, autuada em flagrante por tentativa de homicídio e por resistência à ação policial. Em seguida, a mulher foi levada para o Sistema Prisional. A filha foi atendida pelo Samu e encaminhada ao Pronto Atendimento de Alto Lage.
Reviravolta
Em Jaguaré, região Nordeste do Estado, um caso investigado inicialmente como suicídio teve uma reviravolta. Um menino de 15 anos, com Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi encontrado morto, em cima da própria cama, com um cipó enrolado no pescoço, em 2021.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações revelaram que o menino, na verdade, foi assassinado pelo pai e pela madrasta. O pai, identificado como José Hilton Bonfim da Conceição, 42 anos, foi preso no último dia 13. A madrasta, Luciene da Silva Santos, está foragida. A solução do caso foi divulgada pela polícia nesta quinta-feira (21).
As lesões encontradas no corpo do adolescente pela perícia foram decisivas para a solução do crime. “O pai alega que encontrou esse garoto morto na cama com um cipó amarrado ao pescoço. Afirma que ele teria se suicidado. Mas o cenário encontrado no local e os vestígios encontrados no corpo indicavam que não se tratava de um enforcamento e sim de um estrangulamento. No estrangulamento, a principal causa é o homicídio. A força aplicada foi tamanha nesse estrangulamento que fraturou uma das vértebras cervicais desse menino”, detalhou o delegado Rodrigo Alves Damasceno, titular da Delegacia de Polícia (DP) de Jaguaré.
Vítima morreu dopada
Outro fator importante para a descoberta do homicídio foi o exame toxicológico feito pelo médico legista, que encontrou na corrente sanguínea da vítima medicamentos que não faziam parte do tratamento do adolescente e que induzem ao sono. Tudo indica que o casal dopou o menino antes de praticar o assassinato. Outro indício que corrobora essa suspeita é o fato de não terem sido encontradas lesões de defesa no corpo.
De acordo com o delegado, há indícios de que a vítima não era bem tratada pela família. “Os investigadores e peritos observaram a frieza do pai e da madrasta que moravam com esse rapaz. Ele não morava no interior da casa, dormia numa espécie de alojamento. Percebia-se que esse rapaz não recebia tanto amor da família. Embora o pai diga que o menino tinha uma personalidade difícil, as pessoas que moravam em um alojamento próximo testemunham que esse menino era uma pessoa amável, tinha carência de amor familiar”, contou.
O casal morava há cerca de 10 anos em uma fazenda em Jaguaré, onde trabalhavam como meeiros. Dois meses após a morte, a família se mudou para o Sul da Bahia. As investigações revelaram que José Hilton pediu ao profissional que realizou a mudança que dissesse que eles haviam se mudado para Sooretama, o que reforçou a desconfiança da polícia.
O homem foi preso no município de Camamu, Sul da Bahia, e a mulher é procurada pela polícia. Qualquer informação sobre o paradeiro de Luciene da Silva Santos pode ser fornecida pelo Disque-Denúncia, no número 181. Não foram fornecidas fotos da suspeita.
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