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Veja detalhes de furto milionário no Banco do Brasil da Praia do Canto

O crime na agência do Banco do Brasil foi cometido, segundo a polícia, pelo próprio gerente da instituição

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Segundo a polícia, o furto de R$ 1,5 milhão foi cometido pelo próprio gerente do Banco do Brasil. Foto: Divulgação (PCES)

Dois dias após prender um casal acusado de furtar R$ 1,5 milhão de uma agência do Banco do Brasil na Praia do Canto, em Vitória, a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) divulgou detalhes do crime que chamou atenção até mesmo dos agentes. O furto foi cometido pelo gerente da instituição, identificado como Eduardo Barbosa de Oliveira, de 43 anos. 

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De acordo com o chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) e titular da Delegacia Especializada de Roubo a Bancos (DRB), delegado Gabriel Monteiro, o furto aconteceu no dia 14 de novembro e foi premeditado exatamente por ser véspera do feriado da Proclamação da República, o que dificultaria os funcionários perceberam o sumiço do dinheiro. 

“Se tivesse dado certo e não fosse a integração das polícias, ele teria dado um prejuízo enorme ao banco porque era um indivíduo concursado, trabalhava há 12 anos na instituição, tinha acesso às informações e era de extrema confiança da instituição”, destacou. 

Com o dinheiro furtado, o gerente também fez um pagamento de R$ 20 mil referente a uma dívida que tinha com a ex-mulher. O crime teve a participação da atual companheira, identificada como Paloma Duarte Tolentino. 

Ela esteve na agência na manhã do dia 14 e fez um depósito de R$ 74 mil. Esse dinheiro, que também foi roubado do banco, foi usado para comprar um veículo Renegade usado na fuga do casal para o Uruguai na última segunda-feira (18). O depósito foi feito porque a compra do carro não poderia ter sido feita com dinheiro em espécie. 

Ainda segundo a polícia, Eduardo furtou o restante do dinheiro do cofre no final do expediente da quinta-feira (14) para não levantar suspeitas. Depois de levar o dinheiro, ele alterou a senha do cofre para dificultar ainda mais a descoberta do crime, que só foi descoberto na segunda-feira (18) após a gerente desconfiar do furto e fazer um boletim de ocorrência. 

A desconfiança contra Eduardo ganhou força após os funcionários perceberem que ele não apareceu para trabalhar e estava incomunicável desde o feriado. 

Com a denúncia, os policiais foram até a residência do casal e descobriram que eles tinham realizado uma mudança. Os agentes descobriram a compra do veículo, foram até a concessionária e identificaram a placa do carro. Com isso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada e passou a rastrear o veículo. 

A prisão aconteceu quando eles estavam na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, já próximo à fronteira do Brasil com o Uruguai. Segundo o superintendente da PRF-ES, Wemerson Pestana, eles não resistiram à prisão. A mulher teria confessado que os dois estavam com o dinheiro furtado e que estavam fugindo do país. 

Os valores estavam dentro do porta-malas do carro e os acusados levaram também dois animais de estimação, um cachorro e um gato e eles não se preocuparam em esconder o produto do furto. “A companheira avisou o que tinha acontecido e que estavam em direção ao Uruguai. Foi uma reação tranquila e eles perceberam que a casa tinha caído”. 

Em depoimento, Eduardo se reservou ao direito de permanecer calado, mas para a polícia não resta dúvida de que estavam com a intenção de fugir para o Uruguai com o dinheiro furtado. 

“O que causou estranheza foi porque era um indivíduo que ocupava uma função alta no banco, com salário bom e isso chama atenção da polícia. Talvez pelo conhecimento financeiro, achou que poderia fugir e conseguir viver com esse dinheiro roubado”, disse o delegado Gabriel Monteiro. 


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