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Vai acelerar? Terra terá dia mais curto nesta quarta

Planeta acelera rotação e dias terão até 1,5 milissegundo a menos; fenômeno ocorre em julho e agosto, sem impacto na rotina

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Terra terá dia mais curto nesta quarta. Foto: Reprodução/Nasa

Terra terá dia mais curto nesta quarta. Foto: Reprodução/Nasa

A Terra vai girar ligeiramente mais rápido a partir desta quarta-feira (9), marcando o início de uma sequência de dias mais curtos ao longo das próximas semanas. Segundo medições do Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (Iers) e do Observatório Naval dos Estados Unidos, o tempo de rotação será reduzido em até 1,51 milissegundo nos próximos dias.

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O primeiro desses dias acelerados acontece já nesta quarta, com um encurtamento previsto de 1,30 milissegundo. Apesar do número parecer técnico, ele representa uma diferença quase imperceptível. Um piscar de olhos, por exemplo, leva cerca de 300 milissegundos — ou seja, o tempo “perdido” é muito menor do que isso.

Com pressa?

Cientistas apontam que a rotação do planeta é influenciada por vários fatores. Entre eles estão o comportamento do núcleo da Terra, os movimentos dos oceanos e as dinâmicas da atmosfera. Além disso, a posição da Lua tem papel importante nesse processo. Quando o satélite natural está mais distante da Linha do Equador, o planeta tende a girar um pouco mais rápido.

Até hoje, o recorde de dia “mais rápido” foi registrado em 5 de julho de 2024, com um adiantamento de 1,66 milissegundo. Já os próximos dias que devem repetir o fenômeno são 22 de julho e 5 de agosto, com redução de 1,38 e 1,51 milissegundo, respectivamente.

Desde 2020, a Terra tem acumulado episódios de encurtamento. Naquele ano, o planeta registrou os 28 dias mais curtos da história recente. Um dos marcos aconteceu em 29 de junho de 2022, quando o dia durou 1,59 milissegundo a menos do que o padrão.

Tem risco?

Apesar da curiosidade que o fenômeno desperta, os cientistas reforçam que ele não representa qualquer risco. Segundo os especialistas, variações irregulares na duração dos dias são comuns e fazem parte do comportamento natural do planeta ao longo de décadas. Desde a década de 1950, esse tipo de medição é feito com alta precisão por meio de relógios atômicos.