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Dia a dia

Um em cada cinco moradores do ES ganha menos de R$ 30 por dia, diz IBGE

Segundo pesquisa, 19% da população do Espírito Santo ganhava menos de US$ 5,5 (R$ 30) por dia em 2019, índice menor do que o registrado em 2018, quando 20,8% estavam abaixo da linha da pobreza

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Um em cada cinco moradores do Espírito Santo ganhou menos de R$ 30 por dia em 2019, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta quinta-feira (12). Baseado em critério adotado pelo Banco Mundial, quem ganha por dia menos de US$ 5,5 (o equivalente, hoje, a R$ 30) em países em desenvolvimento é considerado pobre. No estado, 19% da população capixaba vivia em condição de pobreza no ano passado. Em Vitória, 9,3% estava nessa situação, segundo o IBGE.

Outros 3,4% da população no Espírito Santo estão abaixo da linha da extrema pobreza global, que considera nessa situação as pessoas que têm rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 1,90 por dia, cerca de R$ 10. O levantamento do IBGE apontou ainda que caiu o número de pessoas abaixo da linha da pobreza e da extrema pobreza ao comparar com 2018. Naquele ano 4% viviam abaixo da linha da pobreza e 20,8% eram considerados pobres.

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Ao comparar o resultado do Espírito Santo com o restante do país, o IBGE considerou que o estado é o décimo menos desigual do Brasil. O Índice de Gini (indicador de desigualdade de renda) no ES, em 2019, foi de 0,519 (o décimo menor do Brasil, ou seja, o décimo menos desigual na distribuição de renda). Segundo o Índice de Palma, outro indicador de desigualdade de renda, o ES também é o décimo estado menos desigual do País.

Condição de moradia

Em 2019, um conjunto de 16,5% da população do Espírito Santo (oitavo menor percentual do país) residia em domicílios onde havia ao menos uma das quatro inadequações
domiciliares analisadas (ausência de banheiro de uso exclusivo do domicílio, paredes externas construídas predominantemente com materiais não duráveis, adensamento
excessivo e ônus excessivo com aluguel). Em Vitória, esse percentual era de 14,5%.

No ano passado, 7,4% da população do Espírito Santo residia em domicílios onde não havia coleta direta ou indireta de lixo e 14,7% residia em local sem abastecimento de água por rede geral. O esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial foi o serviço de alcance mais restrito: 22,3% da população residia em domicílios sem esse serviço. No Espírito Santo, 24,8% das pessoas (quinto menor percentual do País) residia em domicílios onde faltava ao menos um desses três serviços de saneamento básico. Em Vitória, apenas 0,1% das pessoas vivia em um domicílio nessa condição, menor percentual entre os municípios das capitais do Brasil.

Rendimento médio

Já o rendimento médio do trabalho principal dos capixabas foi de R$ 2.145. Ao considerar só a capital, os ganhos chegam a ser maior que o dobro, com rendimento médio de R$ 4.583. Quando desagregados por sexo, os dados mostram que, no Estado, os homens receberam, em média, R$ 2.429,00 e as mulheres, R$ 1.768,00.

No Espírito Santo, em 2019, dentre 1,960 milhão de pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas, a taxa de formalização (proporção de pessoas ocupadas em trabalhos formais)
foi de 56,6%. Essa taxa foi de 57,9% e 55,1% para os homens e para as mulheres,, respectivamente. Considerando a cor ou raça, a taxa de formalização foi de 57,7% para as
pessoas de cor branca e de 55,9% para as pessoas de cor preta ou parda em 2019.

Em relação a ocupação de jovens, em 2019, no Espírito Santo, 26,3% dos jovens de 15 a 29 anos só estudavam; 16,5% estavam ocupados e estudavam; 38,9% só estavam ocupados e 18,2% não estavam ocupados nem estudavam.