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Tráfico do ES ordena morte de pitbull após mordidas, diz tutor

Animal foi encontrado no Morro da Garrafa, em Enseada do Suá, com lesões na cabeça; tutor disse ter agido sob coação de traficantes

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Pitbull foi encontrado no Morro da Garrafa, em Enseada do Suá, com lesões na cabeça

Pitbull foi encontrado no Morro da Garrafa, em Enseada do Suá, com lesões na cabeça. Foto: Reprodução

Uma cachorra da raça pitbull foi resgatada com ferimentos na cabeça na tarde desta terça-feira (9) no Morro da Garrafa, em Vitória. O caso mobilizou o Núcleo de Proteção Animal da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente (DEPMA) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) após denúncia de maus-tratos.

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No local, os agentes constataram que as agressões ocorreram no dia anterior e teriam sido provocadas por instrumento contundente. O animal apresentava risco de morte.

Tutor disse ter sido coagido pelo tráfico

Segundo o delegado Leandro Piquet, responsável pela ação, o tutor contou que foi obrigado por traficantes a ferir a cadela e simular sua morte. “O autor das lesões disse que foi obrigado pelo tráfico a machucar a cachorra, mas ele só simulou a morte. A ordem veio porque o cachorro havia mordido pessoas da região”, relatou.

Testemunhas confirmaram que o homem agiu sob coação, já que o pitbull havia atacado moradores na rua e em um terreno próximo.

Animal foi resgatado pela prefeitura

Como não houve flagrante, ninguém foi preso. A cadela foi entregue à Prefeitura de Vitória, com a anuência do tutor, e está sob cuidados veterinários. O delegado afirmou que, após a recuperação, ela poderá ser encaminhada para adoção.

Crescimento nas denúncias de maus-tratos

Em publicação nas redes sociais, Piquet ressaltou a importância da denúncia anônima. Ele informou que, entre janeiro e julho deste ano, os casos de maus-tratos a animais no Espírito Santo cresceram mais de 20% em relação ao mesmo período de 2024.

“Hoje conseguimos resgatar uma cachorra pitbull que sofreu lesões na cabeça. O caso é delicado, mas mostra como a sociedade está dando voz a quem não pode falar”, escreveu.

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