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Dia a dia

Traficante de Vitória é preso por estupro e cárcere contra a própria filha

Homem reencontrou a filha após 10 anos preso e convenceu a vítima a ir morar com ele. Adolescente foi agredida, estuprada e mantida presa por mais de 20 dias

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Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) investiga o crime.

Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) investiga o crime. Foto: Divulgação/PC

Um integrante da facção Primeiro Comando de Vitória (PCV) foi preso e é investigado por estupro, cárcere privado, lesão corporal e ameaça cometidos contra a própria filha, uma adolescente de 14 anos. O homem tem 30 anos. O grupo criminoso PCV é a principal facção de tráfico de drogas no Espírito Santo e tem como centro de ação a região do Bairro da Penha, na Capital Capixaba.

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De acordo com a delegada adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA),  Gabriela Enne, responsável pela investigação, o homem havia ficado preso durante 10 anos pelo crime de homicídio e recentemente foi passado para o regime semiaberto, mas não retornou mais à penitenciária e passou a ser considerado foragido.

Foi então que o criminoso reencontrou a filha, que não via desde pequena, e a convenceu a ir morar com ele. Após chegar na residência do pai, a adolescente teve o celular confiscado pelo algoz, ficou presa na casa e proibida de ter contato com qualquer pessoa.

Em uma madrugada, a vítima conseguiu fazer contato com a mãe através do celular do pai e pediu socorro. Na mensagem, a menina relatava que estava sendo agredida diariamente e chegou a desmaiar várias vezes por causa das agressões. A menina também disse que acreditava que o pai podia matá-la.

A mãe foi até a DPCA e relatou o que estava acontecendo. As investigações foram iniciadas, mas antes que a polícia fosse até o local, a menina conseguiu fugir e reencontrou a mãe. Dois dias após a primeira denúncia, a mãe voltou à delegacia, desta vez com a filha.

Delegada Gabriela Enne, adjunta da DPCA. Foto Divulgação PC

Delegada Gabriela Enne, adjunta da DPCA. Foto: Divulgação/PC

“Essa adolescente apareceu na DPCA bem lesionada, porque ela estava sendo muito agredida por ele. Ela narrou todo o terror que estava vivendo, que além do cárcere, ele estava estuprando ela diariamente, inclusive ele chegou a usar uma arma de fogo para obrigar que ela praticasse atos libidinosos com ele”, contou a delegada.

Após a fuga da adolescente do cárcere, mãe e filha passaram a ser perseguidas e ameaçadas pelo criminoso e por comparsas. “Ele mandava outras pessoas irem rondar a casa dessa adolescente, tirar fotos, fazer vídeos e enviava para o telefone da mãe dizendo que iria sequestrar a menina e matar a mãe. As duas viveram um verdadeiro terror”, detalhou Enne.

As investigações mostraram que líderes da facção expulsaram o homem do bairro após descobrirem sobre os crimes que ele havia cometido contra a filha. O suspeito então fugiu para uma casa alugada na Serra, onde acabou sendo capturado. A prisão aconteceu na última sexta-feira (08), mas o caso só foi revelado pela polícia na tarde desta quinta-feira (14).

Na casa, a polícia encontrou uma arma de fogo com dois carregadores municiados. Além dos crimes cometidos contra a filha, o suspeito vai responder por diversos outros pelos quais já era investigado e também pela posse ilegal da arma de fogo. Somadas, as penas ultrapassam 30 anos.

Após o trauma, mãe e filha estão recebendo acompanhamento psicossocial.

Os trabalhos comandados pela DPCA foram realizados em conjunto com a da Subsecretaria de Inteligência (SEI) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e contaram com o apoio da Coordenadoria de Operação e Recursos Especiais (Core), da Delegacia Especializada de Furto e Roubo de Veículos (DFRV) e da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra.

O suspeito foi encaminhado para o Sistema Prisional.


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