Dia a dia
Terminal de Itaparica não precisava ser fechado
“A cobertura poderia ter sido estabilizada”, diz diretor-geral do Iopes (Instituto de Obras Públicas do Estado), Luiz Cesar Maretto

Cerca de 10 mil m2 de cobertura foram demolidas. Foto: Chico Guedes
A demolição da cobertura do Terminal de Itaparica, em Vila Velha – que está interditado há quase um ano – não precisava ter sido feita, nem o local fechado, segundo avaliação do diretor-geral do Iopes (Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo), Luiz Cesar Maretto.
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“Se fosse eu que tivesse que tomar a decisão na época, eu não teria feito a demolição, porque tudo a gente consegue recuperar na engenharia. Na minha avaliação, a cobertura poderia ter sido estabilizada para deixar o terminal, que atendia 45 mil pessoas (diário), funcionando”, avalia Maretto.
No caso de Itaparica, por conta da demolição de quase 10 mil m2 de cobertura, outras estruturas precisarão ser refeitas, como a iluminação e todo o sistema de escoamento da água da chuva.
Por risco de queda da estrutura, o terminal foi interditado em 20 de julho do ano passado e a cobertura retirada em dezembro.
Para a nova cobertura, foi escolhido o modelo de lona tensionada, utilizado em estádios de futebol e casas de shows. Além de ser mais barato, ele explica que o modelo não sofre com maresia, já que o terminal está próximo da praia.
O novo projeto já está pronto e em cerca de 30 dias será colocado em licitação. O custo está avaliado em aproximadamente R$ 9 milhões. Só a estrutura da cobertura está orçada em R$ 5,8 milhões. A obra também incluirá polimento e limpeza do piso e melhorias na sinalização.

Em novo projeto, terminal receberá lona tensionada. Foto: Reprodução
Prazo
O diretor do Iopes detalhou que o prazo para erguer toda a nova cobertura de 10 mil m2 é de quatro meses. “Essa é a estimativa, mas não temos como afirmar. Posso garantir que vamos fazer um esforço para entregar neste ano. Como tem uma licitação no meio do caminho, é imprevisível. Se não houver nenhuma judicialização em 30 dias, abrimos a licitação”, explica.
Em caso de atrasos, o diretor garante que pode até liberar o terminal em etapas, para atender a população da região, a exemplo do que o governo tem feito com a avenida Leitão da Silva, em Vitória.
