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Sobrevivente vai revelar condições do prédio antes do desabamento

O acidente aconteceu no dia 21 de abril deste ano e o laudo foi divulgado na última terça-feira pelo Corpo de Bombeiros

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A doceira Larissa Morassuti, a única sobrevivente do desabamento de um prédio de três andares em Cristóvão Colombo, em Vila Velha, promete se pronunciar sobre as causas que provocaram a tragédia que matou três pessoas da família dela. O acidente aconteceu no dia 21 de abril deste ano e o laudo foi divulgado na última terça-feira (5) pelo Corpo de Bombeiros.

Larissa usou as redes sociais para dizer que, na próxima semana, vai contar o que aconteceu antes do desabamento. “Passando para falar sobre a divulgação do resultado do laudo do Corpo de Bombeiros. Eu gostaria de reforçar que o trabalho da perícia do Corpo de Bombeiros foi um trabalho sério. O que eles avaliam não é o que aconteceu antes do desabamento. Eles avaliam o que ocasionou a explosão”, frisa.

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Ainda segundo a sobrevivente, o que ela tem a contar é o que aconteceu antes do desabamento no prédio de três andares. Na próxima semana, Larissa deve relatar nas redes sociais o que fez com que a explosão ocasionasse o desabamento, que resultou na morte do pai, irmã e sobrinha. Ela pediu ainda cautela da impressa e responsabilidade na divulgação dos fatos.

RELATÓRIO DA PERÍCIA

Prédio desaba em Cristóvão Colombo, Vila Velha. Foto: Corpo de Bombeiros

O laudo feito pelo Departamento de Investigação, Pesquisa e Prevenção de Incêndios (DepIPPI), do Corpo de Bombeiros, apontou que uma botija de gás da casa de Eduardo Cardoso, uma das vítimas, estava mal conectada ao abastecimento, tinha vazamento e provocou o incidente. Nos escombros, foram encontradas duas botijas – uma cheia e outra vazia -, sendo que a vazia estava com o regulador quebrado.

O capitão Loreto, perito do Corpo de Bombeiros, disse ainda que na residência havia equipamentos que estavam mal conectados aos circuitos elétricos, o que, somado ao vazamento de gás, gerou a explosão. “No ambiente foram encontradas diversas fontes de ignição. Entre elas, isqueiro, tomada, interruptor, equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos e um maçarico portátil. Porém, não foi possível apontar qual dos objetos causou a explosão ao entrar em contato com o gás de cozinha”, detalhou.

Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, problemas estruturais no prédio potencializaram a explosão. Como o apartamento era muito pequeno, somado à baixa ventilação, os efeitos da explosão foram maiores. Outro fator é alteração na edificação que aconteceu ao longo do tempo, que pode ter contribuído para o aumento de carga da estrutura. “Se fosse uma explosão em um ambiente mais amplo, haveria uma dissipação de energia. Quando há a explosão em um ambiente menor, a energia atinge as estruturas”, reforçou o capitão.

O capitão disse ainda que pode ter havido uma possível perda de força estrutural causada por infiltração, baixa ventilação, porque era um ambiente pouco ventilado e o baixo volume do ambiente pode ter contribuído. O escoamento do gás era difícil, com poucas aberturas, que acaba provocando acúmulos. O Corpo de Bombeiros não encontrou regularização de projeto falando quanto peso a estrutura suportava.

ACIDENTE

O prédio de três andares desabou no dia 21 de abril, no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha. Larissa Morassuti foi a única sobrevivente do acidente. Eduardo Cardoso, 68 anos, Camila Morassuti, 36, e Sabrina Morassuti, 15, morreram.