Dia a dia
Sindiupes é contra a volta às aulas no Espírito Santo
As aulas no Espírito Santo estão suspensas até o dia 31 de agosto por meio de decreto, mas já há discussões sobre um possível retorno em setembro

Sala de aula. Foto: Wokandapix/Pixabay
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O retorno das atividades escolares presenciais no estado ainda é incerto com o grande número de novos casos e de mortes causadas pela covid-19. O governo do estado publicou, em edição extra do Diário Oficial no dia 8 de agosto, um protocolo com medidas administrativas e sanitárias a serem adotadas pelas instituições de ensino na volta às aulas presenciais, mas ainda não há uma data definida. Para professores da rede pública, ainda não há segurança para a retomada e a categoria vai participar de uma carreata de protesto na manhã de quinta-feira (27), às 9 horas, com saída do Tancredão, na região de Mario Cypreste, em Vitória.
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O diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Paulo Loureiro, frisa que a maior preocupação do retorno das aulas presenciais é com a falta de infraestrutura das escolas. “As escolas mais novas contam com uma estrutura melhor e podem garantir dispenser de papel toalha, sabonete e álcool. Mas as mais antigas estão sucateadas, muitas vezes os banheiros estão até depredados, será difícil, inclusive, seguir o protocolo de higiene tanto para alunos quanto para os professores e colaboradores”, explicou.
O diretor de comunicação do Sindiupes afirma que é precipitado o retorno das aulas presenciais neste momento, quando estudos apontam que as crianças podem ser assintomáticas e mesmo assim transmitir o vírus. Ele alerta para a dificuldade em conscientizar as crianças a manterem o distanciamento uma das outras, e também chama a atenção para o fato de muitas poderem levar o vírus para idosos ou pessoas com comorbidades, em seus lares.
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“Ao sair nas ruas é possível ver que nem mesmo os adultos respeitam os protocolos de higiene e a obrigatoriedade do uso de máscaras. Imagine as crianças! Impôr o uso do equipamento de proteção facial no ambiente escolar a uma criança por mais de quatro horas será muito difícil. Fazer com que eles façam o distanciamento é outra preocupação, uma vez que criança gosta de tocar, empresta material escola para o coleguinha”, destacou o diretor de comunicação do Sindiupes.
As aulas no Espírito Santo estão suspensas até o dia 31 de agosto por meio de decreto, mas já há discussões sobre um possível retorno em setembro. Contra a retomada das aulas presenciais, entidades da educação como o Sindiupes e Associação de Pais do Espírito Santo (Assopaes), vão realizar uma carreata na quinta-feira (27), com concentração marcada para as 9 horas, com saída do Tancredão, na região de Mario Cypreste, em Vitória.
