Quais são as suspeitas de fraude no cartão de vacina de Bolsonaro?

O presidente Jair Bolsonaro realizou diversos cortes no Orçamento. Foto: Divulgação

A Polícia Federal realizou um mandato de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro na manhã desta quarta-feira (03). A operação busca apurar a inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Um dos suspeitos, ex-ajudante de Bolsonaro Mauro Cid Barbosa, foi preso ainda nesta manhã pelos agentes federais.

A suspeita é de falsificação do certificado de vacinação de Jair Bolsonaro, que tinha como objetivo viabilizar a entrada nos Estados Unidos junto com familiares e auxiliares do ex-presidente. A exigência de comprovação da vacina era obrigatória para adentrar no país norte-americano. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com a PF, as inserções falsas ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, fazendo com que fosse possível alterar o comprovante de vacinação, mesmo para quem não foi imunizado. Com isso, as pessoas que não se vacinaram puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos, destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19.

Durante a gestão da pandemia, Bolsonaro se recusou a informar se foi imunizado contra a covid-19 e impôs sigilo de até cem anos. No início deste ano, as informações sobre a imunização do ex-presidente foi divulgada por um grupo hacker. Na ocasião, constava o registro de uma dose de vacina contra a covid-19 aplicada em julho de 2021.

A Controladoria Geral da União, já investigada a possibilidade de informações falsas no documento de Bolsonaro sobre vacinação ainda no fim da gestão.