Dia a dia
Rebeca Andrade supera Simone Biles e ganha ouro no solo
Foi a sexta medalha olímpica de Rebeca Andrade, que se isolou como atleta brasileira mais que mais subiu ao pódio na história do evento
É ouro! A ginasta brasileira Receba Andrade conquistou a maior pontuação na prova de solo e garantiu mais uma medalha de ouro para o Brasil. Com a vitória Rebeca desbancou a número um do mundo Simone Biles.
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Rebeca obteve 14.166 de nota em sua exibição, superando a favorita Simone Biles. A estadunidense – que, mais cedo, ficou fora do pódio da trave, assim como a brasileira – alcançou 14.133, sofrendo duas penalidades por pisar fora do tablado de competição. Mesmo assim, conseguiu a medalha de prata. O pódio foi completado por Jordan Chiles, também dos Estados Unidos, com 13.766.
É OUROOOOOOO PARA A MAIOR MEDALHISTA OLÍMPICA DO BRASIL! 🇧🇷
Rebeca Andrade conquista o ouro na final individual do solo e eterniza o seu nome entre as realezas do esporte. 👑
São quatro medalhas em #Paris2024 e mais duas em #Tóquio2020. No Brasil, ninguém subiu ao pódio… pic.twitter.com/rrJKEpx0oM
— Time Brasil (@timebrasil) August 5, 2024
A brasileira foi a segunda a se apresentar, ao som de uma combinação das músicas “End of Time”, de Beyonce, e “Movimento da Sanfoninha”, de Anitta. Ela recebeu 8.266 pela execução da série e mais 5.900 da nota de dificuldade das acrobacias. A comissão técnica pediu revisão desta última nota, sem sucesso. A pontuação total (14.166) de Rebeca foi melhor que as do individual geral (14.033) e da classificatória (13.900), mas inferior ao que atingiu na disputa por equipes (14.200).
As atenções, então, voltaram-se para Biles. Ela realizou a série mais complexa da final, com 6.900 de nota de dificuldade. No entanto, em duas acrobacias, pisou com os dois pés fora do tablado, o que diminuiu a nota de execução (7.833) e causou uma penalidade de 0.6. Rebeca ainda teve de aguardar as apresentações da romena Sabrina Maneca-Voinea e de Jordan Chiles para comemorar, emocionada, a vitória no solo.
Este foi o primeiro ouro de Rebeca em Paris. Ela já havia conquistado a prata no individual geral e no salto, além do bronze por equipes. Das finais que disputou, a brasileira não foi ao pódio somente na trave, ficando na quarta posição.
Foi a sexta medalha olímpica dela, que se isolou como atleta brasileira mais laureada na história do evento, superando os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, com quem a ginasta estava empatada.
Dia para entrar para história
Minutos antes de colocar a medalha de ouro no peito, Rebeca Andrade ficou em quarto lugar na prova da trave da Olimpíada de Paris, na França. A paulista obteve 13.933 de nota pela exibição, ficando pouco atrás da italiana Manila Esposito, que conquistou o bronze, com 14.000. Apesar de alguns desequilíbrios na apresentação, a brasileira não teve queda do aparelho.
A final da trave foi marcada por muitas quedas das competidoras. Somente Rebeca e as três medalhistas não caíram nas apresentações. Ainda assim, Manila e Zhou tiveram dificuldades com alguns movimentos, que custaram pontos nas respectivas séries. A chinesa, por exemplo, teve nota 0.766 mais baixa que a da classificatória, em que foi a ginasta mais bem colocada.
De acordo com publicação de Agência Brasil, a primeira brasileira a se apresentar foi Júlia. A catarinense iniciou com o “Soares”, manobra que leva seu sobrenome e utilizada por ela para subir na trave com uma meia pirueta. Ela vinha realizando a exibição sem erros, até sofrer uma queda, afetando significativamente a nota da ginasta de 18 anos.
Rebeca, por sua vez, foi a última a competir. Ela teve de aguardar mais tempo que o normal para subir na trave, devido à demora na divulgação da nota de Biles. A brasileira realizou uma apresentação com um grau de dificuldade de execução menor que a do trio que foi ao pódio – o que a obrigava a ser praticamente perfeita.
Considerando somente as notas de execução, Rebeca foi a segunda mais bem avaliada (8.233). No entanto, como sua nota de dificuldade era menor (5.700) que as de Zhou (6.600) e Manila (5.800), a soma das pontuações deixou a paulista de 25 anos fora do pódio pela primeira vez em Paris.
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