Dia a dia
Psicanalista é preso por tocar menina sob pretexto de ensinar sobre abuso
Prisão em Vila Velha ocorreu após adolescente denunciar abuso durante sessão; Polícia Civil suspeita da existência de outras vítimas

Psicanalista de 63 anos é conduzido por policiais civis após cumprimento de mandado de prisão preventiva em Vila Velha. Foto: Divulgação/Sesp
Um psicanalista de 63 anos foi preso preventivamente em Vila Velha, no dia 24 de setembro, suspeito de estuprar uma paciente de 12 anos durante sessões. A ordem judicial incluiu também busca e apreensão, que resultou na apreensão do celular do investigado, atualmente em análise pela perícia.
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A investigação teve início em 14 de março de 2025, quando a adolescente relatou o abuso à psicóloga da escola e, em seguida, ao pai, que registrou ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
Relato da vítima
De acordo com a polícia, o abuso aconteceu durante uma sessão em casa. O homem teria tocado a adolescente sob o pretexto de explicar “o que é um abuso sexual”. Em outra ocasião, segundo depoimento, chegou a fotografá-la com um ursinho de pelúcia.
“A vítima buscava apoio psicológico e acabou sendo violentada. Era um momento para ela encontrar paz e não sofrer um crime sexual”, destacou uma das delegadas da DPCA.
Caso semelhante em 2019
Além do episódio deste ano, a polícia confirmou que o suspeito já havia sido investigado em 2019. Na ocasião, a vítima era uma adolescente maior de 14 anos com esquizofrenia, atendida em uma igreja onde o psicanalista oferecia sessões gratuitas. O abuso envolveu violência física e levou ao afastamento dele do local religioso, que apoiou a família.
Com esse histórico, os investigadores afirmam que o suspeito apresenta um mesmo padrão de conduta e que pode haver mais vítimas.
Como foi a prisão
O homem foi monitorado e detido ao retornar da academia. Segundo a polícia, ele seguia atendendo normalmente, inclusive de forma remota, mesmo após o início da investigação. Durante a abordagem, questionou aos agentes: “Qual foi a vítima? Qual o nome da vítima?”, o que reforçou a suspeita de reincidência.
Próximos passos
O inquérito inclui a análise do celular apreendido e a coleta de novos depoimentos. A Polícia Civil do Espírito Santo reforça que outros relatos podem surgir após a prisão. “Não temos dúvidas de que outras vítimas possam aparecer. É comum nesses casos”, afirmou um delegado durante a coletiva.
O suspeito já possuía condenação anterior por roubo, em 2016, quando cumpriu pena em regime semiaberto. Agora, responde por estupro de vulnerável e estupro qualificado.
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