Dia a dia
Projeto constrói “jardins de mel” na região do Caparaó capixaba
Projeto Poliniza Caparaó ensina técnicas de meliponicultura e promove a preservação das abelhas sem ferrão, essenciais para a biodiversidade e a sustentabilidade agrícola
A construção de jardins de mel para conscientizar a população da microrregião capixaba Caparaó sobre a importância da conservação da biodiversidade das abelhas nativas sem ferrão foi o resultado do projeto de extensão financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), por meio do Edital Universal de Extensão. O projeto foi coordenado pelo professor e pesquisador André Xavier por meio do Centro de Ciências Agrárias e Engenharias (CCAE) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) de Alegre e contou com a participação de estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) de Santa Teresa e servidores da Prefeitura municipal de Alegre.
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Intitulado Poliniza Caparaó, o projeto tem por objetivo promover a conscientização de se preservar a biodiversidade das abelhas sem ferrão para o equilíbrio do planeta e na produção agrícola sustentável, além de demonstrar para a população do Caparaó noções básicas da meliponicultura para o manejo racional desses polinizadores. Tendo como público alvo agricultores e estudantes dos cursos das Ciências Agrárias e Biológicas, a equipe do projeto realizou uma semana de capacitação teórico-práticas no jardim de mel da Ufes de Alegre, instalado pelo grupo de pesquisadores do projeto.
O professor conta que nessa primeira edição do Poliniza Caparaó foi escolhido o município de Alegre como cenário para instalação dos primeiros jardins de mel, que são unidades de capacitação, educação ambiental, divulgação científica, multiplicação e manutenção de abelhas nativas sem ferrão. “Isso só foi possível com o apoio da Fapes que possibilitou as instalações de algumas unidades de capacitação e sensibilização do público para a polinização e a preservação das abelhas nativas sem ferrão”, comentou o coordenador do projeto, André Xavier que, atualmente, atua na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
O pesquisador destacou ainda que foi transformador participar do edital Universal de Extensão, pois os recursos permitiram a aceleração da meliponicultura tão necessária nas comunidades rurais. “É fato que ampliou o nosso alcance e criou uma interseção mutualística mais forte entre os agricultores e a Universidade. Foi lindo vivenciar este projeto”, declarou Xavier.
O projeto foi contemplado pelo Edital nº 12/2022 – Universal de Extensão e recebeu um aporte financeiro de R$ 49.956 mil e o prazo de 12 meses para realização. O edital é uma chamada pública para seleção de projetos de extensão, em diferentes áreas de conhecimento para serem desenvolvidos nas microrregiões capixabas, coordenadas por profissionais vinculados a instituições de Ensino Superior e/ou Pesquisa localizadas no Espírito Santo.
“Promover a formação de recursos humanos, por meio de projetos extensionistas desenvolvidos em ambientes sociais e produtivos reais é um dos objetivos deste edital que foi um sucesso. Em sua 1ª edição, 102 projetos foram financiados e os resultados positivos foram demonstrados recentemente no seminário de avaliação final. É investimento público em ações de extensão para que o conhecimento gerado nas academias seja amplamente disseminado em todo o Estado e conectado às demandas reais da sociedade”, disse o diretor-geral da Fapes, Rodrigo Varejão.
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