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Professor preso por estupro fez ao menos 21 vítimas, diz polícia

Professor é investigado por ter estuprado alunas com idades entre 9 e 16 anos em escolas de Vila Velha e Cariacica

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Coletiva de imprensa sobre a prisão do professor nesta terça-feira (19). Foto Divulgação PC

Coletiva de imprensa sobre a prisão do professor nesta terça-feira (19). Foto: Divulgação/PC_

O professor de Ensino Religioso, de 44 anos, preso por estupro de vulnerável na semana passada e é investigado por ter atacado pelo menos 21 alunas entre 9 e 16 anos em escolas de Vila Velha e Cariacica. O caso foi divulgado em primeira mão pelo Portal ES 360.

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A Polícia Civil informou os detalhes sobre a investigação em coletiva de imprensa nesta terça-feira (19). A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) começou a apurar o caso no último dia 4 de novembro, quando foi registrado um Boletim de Ocorrência em que cinco meninas de nove anos de idade denunciavam o professor por ter passado a mão nas partes íntimas delas durante a aula. Os crimes aconteceram em uma escola municipal de Cariacica.

A partir daí, a polícia descobriu que essas não foram as únicas vítimas. No período de 2014 a 2019, o professor atuou também na rede municipal de Vila Velha, onde surgiram diversas outras denúncias, e o profissional chegou a ser expulso da Rede Municipal. Na época, porém, os pais da crianças não registraram Boletim de Ocorrência, por isso o caso não chegou a ser apurado pela polícia.

“Ele está no magistério desde 2013. Inicialmente a gente verificou que as escolas faziam uma apuração interna, orientavam os pais a registrar Boletim de Ocorrência, mas muitos desses pais não registravam. Então é importante ressaltar que os pais não devem ficar inibidos por ser um professor, uma autoridade escolar, que realmente denunciem, porque é o dever da polícia apurar “, orienta a delegada adjunta da DPCA, Gabriella Zaché.

Perseguição

Entre os casos ocorridos anteriormente em Vila Velha, chamou a atenção dos delegados a situação narrada por uma menina que na época tinha 14 anos. “Ela começou a ser perseguida por ele no ônibus em que ia para a escola. Ele começou a mostrar vídeos pornográficos no ônibus para ela e também começou a constrangê-la durante as aulas. Em determinado dia, a vítima narra que pediu para ir até o banheiro durante a aula e, nesse momento, ele a teria perseguido. O professor adentrou no banheiro feminino, encurralou a vítima e teria praticado beijo forçado, mordidas e outros atos libidinosos”, contou o delegado Leonardo Vanaz, que também é adjunto da DPCA.

A jovem relatou que a família dela optou por não registrar o Boletim de Ocorrência na época, mas agora, procurada pela polícia, a jovem deu seu depoimento, e o caso está sendo investigado. Entre todas as denúncias já reunidas pela Polícia Civil, há um total de 21 vítimas, mas os delegados destacaram que o canal de denúncias permanece aberto.

O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, falou sobre a importância de pais e professores observarem o comportamento das crianças e adolescentes para identificarem sinais de violência. “É um crime que nós classificamos como patologicamente perverso, perpetrado por um professor que tem o dever de cuidado, de proteção, e, no entanto, praticou esses atos. É importante dizer à toda a população, diretores de escolas, a genitores, que observem o comportamento dos seus filhos, percebam se eles estão muito calados, se estão muito introvertidos, porque a escola é um local de segurança, não pode acontecer isso. Nós não vamos permitir que essas pessoas continuem abusando de nossas crianças.”

O professor foi preso no último dia 10, na residência dele, em Vila Velha.

Demissões

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação de Cariacica respondeu que, ao tomar conhecimento do ocorrido, afastou imediatamente o professor de suas funções. “Foi instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que resultou em sua demissão, publicada no Diário Oficial. Além da demissão, ele também está incompatibilizado de assumir qualquer cargo público pelo período de oito anos”, diz a nota.

A Prefeitura de VilaVelha respondeu que “o professor, que lecionava a disciplina de Ensino Religioso, teve contrato rescindido pela Secretaria de Educação de Vila Velha em maio de 2019, em decorrência de acusação de assédio. Após medidas internas e solicitação de ordem de restrição, o profissional ficou impedido de retornar à rede municipal de ensino”.


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