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Prainha no ES abriga cemitério de barcos abandonados

Entre os barcos abandonados, está uma caravela construída para comemorar os 500 anos do Brasil

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A Prainha da Glória, em Vila Velha, virou um cemitério de barcos abandonados. Fotos: Divulgação (Deivid Gava)

A Prainha da Glória, em Vila Velha, virou um cemitério de barcos abandonados. Fotos: Divulgação (Deivid Gava)

A Prainha da Glória, em Vila Velha, que até pouco tempo foi um point gastronômico com um restaurante flutuante, transformou-se em um verdadeiro cemitério de barcos abandonados. O estabelecimento encerrou as atividades no início do ano.

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A cena, que causa estranhamento, chamou a atenção do influenciador Deivid Gava, que registrou em fotos as embarcações na baía de Vitória. Entre elas, há até uma antiga caravela construída em comemoração aos 500 anos do descobrimento do Brasil.

Apesar do abandono, os barcos aparentemente não oferecem riscos. Pelo contrário, acabaram compondo um cenário curioso que hoje faz parte da paisagem da baía de Vitória, já que há anos as embarcações estão se deteriorando no local.

Assim como as embarcações, é difícil identificar quem é responsável pela gestão do espaço. A reportagem do portal ES360 entrou em contato com a Prefeitura de Vila Velha, que informou em nota: “Se a embarcação estiver na Prainha, em terra, é de responsabilidade do município de Vila Velha. Se estiver na Prainha, na água, é de responsabilidade do município de Vitória”.

Já a Prefeitura de Vitória declarou que a responsabilidade é da Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES). Procurada, a marinha informou que está em curso um processo conjunto entre a Capitania dos Portos, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e a Prefeitura Municipal, cada qual dentro de sua área de competência, para resolução da retirada das embarcações avariadas na região da Glória, em Vila Velha.

Segundo a Capitania, o trabalho interinstitucional tem como objetivo identificar os proprietários legais das embarcações, notificá-los sobre a obrigação de realizar a remoção segura dos cascos e adotar as medidas cabíveis em caso de descumprimento, incluindo a aplicação das sanções administrativas e legais previstas. A iniciativa busca garantir a segurança da navegação, a preservação ambiental e a ordem no espaço aquaviário da região.
“A CPES informa, ainda, que fiscaliza a região atuando dentro das normativas da Marinha do Brasil, bem como, em norma específica da nossa área de jurisdição por meio das Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos (NPCP-ES), disponível ao público na página da CPES na internet. Quanto às demais atribuições no litoral, essas estão relacionadas ao poder municipal, conforme preconizadas na Lei Estadual número 5.816/1998 (Espírito Santo, 1998), que estabelece então o Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro do Espírito Santo”, finalizou o comunicado.

A Secretaria de Patrimônio da União (SPU) também foi procurada, mas não deu retorno até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para os devidos esclarecimentos.