Dia a dia
PM investigado por integrar milícia no ES é solto pelo STJ
O PM foi denunciado em um inquérito que investiga a atuação de um suposto grupo de extermínio no Espírito Santo. Mais cinco pessoas foram presas

PM investigado por integrar milícia no ES é solto pelo STJ. Foto: Chico Guedes
O cabo da Polícia Militar Welquerson Cunha de Moraes está solto. A liberdade do militar foi concedida no último dia 08 de agosto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Welquerson foi denunciado em um inquérito que investiga a atuação de um suposto grupo de extermínio no Espírito Santo. A ministra e relatora do caso, Daniela Teixeira, assinou a decisão, justificando que a manutenção da prisão cautelar era desproporcional e injustificada diante dos elementos analisados.
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O cabo, junto a outros cinco indivíduos, incluindo três outros policiais militares, foi detido na operação “La Liga”, realizada em 2022 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Eles são acusados de integrar uma milícia que supostamente realizava práticas criminosas na região da Grande Vitória. O caso mais grave atribuído a este grupo é o assassinato de Felipe Antônio Alves Chaves, de 18 anos, no bairro Itararé, em Vitória. Segundo as investigações, o crime foi uma vingança pela morte do sargento Marco Antônio Romania, ocorrida pouco antes.
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A decisão de soltura de Welquerson inclui várias condições: ele deve usar tornozeleira eletrônica, é proibido de manter contato com outros réus ou testemunhas, e seu trabalho na Polícia Militar fica restrito a funções administrativas, sem participação em operações de campo. Além disso, ele deverá comparecer bimestralmente em juízo para informar e justificar suas atividades e manter seu endereço atualizado, sem se ausentar do local de domicílio por mais de oito dias sem comunicação prévia.
Os outros investigados continuam presos. Eles aguardam a fase de apresentação das argumentações finais pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e pelos advogados de defesa, que precederá a decisão sobre quem irá a julgamento.
Caso de Itararé
Em maio de 2022, o cabo Welquerson e mais quatro indivíduos foram detidos durante uma ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Eles foram acusados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) de envolvimento no homicídio de Felipe Antônio Alves Chaves, um jovem de 18 anos que foi assassinado no dia 21 de fevereiro daquele ano, no bairro Itararé, em Vitória.
A acusação detalhou que Felipe foi morto com 15 tiros, em um ato de retaliação pela morte do sargento Marco Antônio Romania, ocorrida dias antes em Joana D’Arc, também em Vitória. Em junho de 2022, a Justiça aceitou a denúncia contra Welquerson e os demais suspeitos, dando prosseguimento ao caso. Imagens captadas por câmeras de segurança mostraram a ação dos suspeitos.
