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Pesquisadores da Ufes desenvolvem prótese de mão robótica

O protótipo foi testado funcionalmente por uma pessoa amputada e os resultados mostram que a prótese pode ser utilizada na realização de tarefas do cotidiano

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Mão robótica desenvolvida pela Ufes e Fapes

Mão robótica desenvolvida pela Ufes e Fapes. Foto: Reprodução

Pesquisadores do Laboratório de Telecomunicações (Labtel) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) estão desenvolvendo uma prótese de mão que possibilita pessoas amputadas a realizarem tarefas simples do cotidiano. O projeto conta com apoio do Governo do Estado, por meio Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes). A prótese faz parte do trabalho de doutorado da estudante de Engenharia Elétrica, Laura de Arco Barraza, e o projeto de pesquisa é coordenado pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica, Camilo Rodríguez.

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O professor explica que o projeto é uma parceria com o professor Carlos Cifuente e que a primeira versão do dispositivo foi feita na Colômbia. “O professor Carlos fez toda a parte da modelagem mecânica e nós trabalhamos mais com a parte de sensor e fibra óptica. Eles desenvolveram a parte mecânica e realizaram alguns testes de usabilidade e trouxeram aqui para, de certo modo, dar inteligência para próteses”, disse o professor Camilo Rodríguez.

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A doutoranda conta que o Sensor Hand, prótese da mão, tem por objetivo reduzir o impacto negativo que pessoas tiveram ao ter o membro amputado e que o dispositivo foi desenvolvido com robótica macia para melhorar a interação com o usuário, funcionando a partir de um motor que facilita o movimento de abrir e fechar a mão, além de ser baseada na tecnologia soft robotics fazendo com que tenha uma maior similaridade com o corpo humano.

“A prótese tem, no total, 14 graus de liberdade acionadas por um motor. Os graus de liberdade dos dedos são flexão, extensão, abdução e adução”, destacou Laura Barraza, acrescentando ainda, que em função do dispositivo ser confeccionado a partir da impressão 3D, isso o torna mais barato e acessível, podendo ser produzido no laboratório com um custo médio de R$ 2 mil e este é um dos objetivos da fabricação da prótese de mão.

Camilo destaca que a prótese oferece vários benefícios, um deles é que por ter apenas um motor isso a torna mais leve para o usuário, além de consumir pouca energia e ter uma duração de bateria mais prolongada. O coordenador também explica que embora o dispositivo tenha movimentos limitados, os tendões flexíveis se ajustam no momento de fechar e pegar objetos, se adaptando à estrutura do objeto.

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Segundo a pesquisadora, o protótipo foi testado funcionalmente por uma pessoa amputada e os resultados mostram que a prótese pode ser utilizada na realização de tarefas do cotidiano, e, por conta disso, foi feita uma parceria com o Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (CREFES), onde serão realizados testes de funcionalidade com mais pessoas com o intuito de melhorar o dispositivo para a necessidade dos usuários.

“Eu tenho uma enorme satisfação em ver que a Fapes tem sido necessária para realizações de projetos como esse. Investir na pesquisa científica, na geração do conhecimento e sua aplicação em demandas reais com potencial de beneficiar a sociedade mostra que a Fundação está no caminho certo”, declarou o diretor geral da Fapes, Rodrigo Varejão.

A Fundação está apoiando o projeto por intermédio do Centro de Pesquisa Inovação e Desenvolvimento (CPID) do Governo do Estado, administrado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), ajudando com equipamentos e outros suportes para que o projeto seja desenvolvido.

A doutoranda conta que a ajuda está sendo de extrema importância para o desenvolvimento do dispositivo: “Com a aquisição da impressora 3D estamos conseguindo realizar a fabricação das peças e do material de consumo da prótese, além do espaço que o CPID nos permite usar para a fabricação do protótipo”, pontuou Laura Barraza.


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