Dia a dia
Pazolini e coronel são intimados a depor após confusão no Carnaval
O prefeito de Vitória Lorenzo Pazolini e o coronel Sérgio Luiz Anechini se envolveram em uma confusão no Sambão do Povo
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Pazolini e Anechini se envolveram em uma confusão no Carnaval de Vitória. Foto: Reprodução
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, e o subsecretário da Casa Militar, que também é coronel da PM, Sérgio Luiz Anechini, foram intimados a depor no 1º Distrito Policial de Vitória. Os dois protagonizaram uma confusão durante o desfile da Mocidade Unida da Glória (MUG) no Carnaval de Vitória, na madrugada de domingo (23).
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Segundo a Polícia Civil, foram registrados três boletins de ocorrência: um pelo prefeito, um pelo militar e outro pela mulher que fazia parte da segurança da Liga das Escolas de Samba do Espírito Santo (Lieses).
“Foi encaminhado ainda um ofício à Corregedoria da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) para as providências cabíveis no âmbito administrativo-correcional, em decorrência da participação do militar nos fatos apurados”, informou a Polícia Civil em nota.
Versão da segurança
A mulher que integrava a equipe de segurança da Liga também registrou boletim de ocorrência e disse que por volta das 3 horas, os envolvidos notaram a presença de um coronel da casa militar, armado com arma de fogo, que também participava do evento e possuía autorização para acessar os camarotes, identificado por uma pulseira vermelha.
Entretanto, segundo ela, ao transitar pelo corredor de acesso, o coronel, identificado como Sérgio Luiz Anechini, foi interceptado por outro segurança que o advertiu de que aquela passagem era destinada exclusivamente aos profissionais da imprensa.
Ela contou ainda que, rejeitando a orientação, o coronel deu início a um atrito com o segurança, que tentou impedir sua entrada fechando um portão. Diante da situação, acabou levando um tapa no rosto do coronel.
A assessoria de comunicação da Liga foi procurada, mas até o fechamento desta reportagem não se pronunciou.
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Entenda o caso
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), informou que, enquanto acompanhava o desfile das escolas de samba do Carnaval de Vitória, foi alertado sobre um homem portando uma arma de fogo em local visível, que teria agredido uma mulher que trabalhava na segurança do evento. “O prefeito visualizou um homem sem camisa, com uma pistola presa na parte de trás da bermuda, e decidiu registrar a cena em vídeo para documentar que o indivíduo apontado como agressor estava armado”, diz a nota.
Diante disso, segundo a administração, o prefeito tentou reaver o aparelho telefônico, momento em que foi agredido no olho por uma mulher, levando-o a perder o equilíbrio e cair ao chão.
No boletim de ocorrência, Sérgio Luiz Anechini declarou que foi agredido por um segurança na área de circulação, localizada em frente aos camarotes do Sambão do Povo. Essa área é de acesso restrito a pessoas credenciadas, que portam uma pulseira identificadora, e é delimitada por diversos portões que separam as áreas dos camarotes.
Segundo ele, no retorno ao camarote onde se encontrava, a esposa passou por um dos portões; contudo, ao tentar segui-la, a vítima foi impedida por um segurança. Mesmo após argumentar e apresentar a pulseira que lhe garantia o direito de acesso, o segurança negou a passagem, alegando que a área era exclusiva para a imprensa e que ele não poderia transitar por ali.
“A vítima insistiu em seguir, sendo então contida pelo segurança. Durante essa ação, sua camisa branca foi rasgada e ele sofreu lesões na região das costas e do pescoço, possivelmente decorrentes do contato com o referido segurança, cujo nome não foi identificado”, diz um trecho do depoimento.
Logo em seguida, ele contou que ouviu alguém gritar que o segurança estava armado. Imediatamente, vestiu outra camisa do camarote e avistou o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, acompanhado de sua esposa Paula, que filmava a situação e afirmava que a vítima deveria ser conduzida a uma delegacia.
“Durante a nova turbulência, um dos seguranças da equipe do prefeito – identificado pela camisa verde – imobilizou-o com um golpe de mata-leão. O celular foi posteriormente devolvido, enquanto sua esposa, que segurava a camisa rasgada, clamava por sua libertação.”
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