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Pais de adolescente morta a tiros em Vila Velha dizem perdoar autores

Sophia Vial, de 15 anos, e uma manicure foram assassinadas durante ação criminosa atribuída a disputa entre facções em Vila Velha

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Pais de Sophia Vial, Wendel da Silva e Allini Vial, falam à imprensa e afirmam perdoar os responsáveis pelo assassinato da filha

Pais de Sophia Vial, Wendel da Silva e Allini Vial, falam à imprensa e afirmam perdoar os responsáveis pelo assassinato da filha. Foto: Reprodução/TV Sim/SBT

“Estamos de coração aberto para perdoar esses dois jovens”. A declaração é de Wendel da Silva, pai da adolescente Sophia Vial, de 15 anos, morta a tiros no último sábado (9) no bairro Santa Rita, em Vila Velha. Ele e a esposa, Allini Vial, participaram nesta segunda-feira (11) de um ato pedindo paz e mais segurança na região.

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Crime durante ataque armado

Sophia foi atingida enquanto estava dentro do carro com os pais. No mesmo tiroteio, a manicure Andrezza Conceição, de 31 anos, também foi morta. Duas crianças, de seis e nove anos, ficaram feridas, mas já receberam alta médica.

Segundo a Polícia Militar, os disparos foram feitos por dois adolescentes em uma motocicleta. A ação teria sido ordenada por um homem conhecido como “Nego Stanley” e estaria ligada a uma disputa territorial entre facções criminosas.

Sonhos interrompidos

De acordo com Wendel, Sophia havia sido aprovada recentemente para um emprego e começaria na semana seguinte. Ele afirmou que, apesar da dor, a família segue os ensinamentos cristãos transmitidos à filha.

“Enterrei minha filha no Dia dos Pais, um dia que era para ser só de alegria — dia de ganhar presente. O presente que ganhei foi enterrar minha filha. A gente perdoa esses jovens, que eles possam colocar a mão na consciência. Eles estão iludidos nesse tráfico, a troco de nada, que só tira a vida. Esperamos que eles venham a Jesus”, disse Wendel.

Allini, que já havia se manifestado sobre a violência no bairro, reforçou que continuará cobrando ações de segurança pública.

Investigação e reforço policial

O secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Leonardo Damasceno, classificou o ataque como “terrorista” e afirmou que os autores já foram identificados. Ele disse ainda que o bairro passa por conflitos entre facções há meses.

O comandante-geral da Polícia Militar, Douglas Caus, informou que o grupo responsável pertence ao Primeiro Comando de Vitória (PCV) e que o ataque tinha como objetivo demonstrar força e expandir pontos de venda de drogas.

Após o crime, a segurança foi reforçada na região conhecida como Grande Santa Rita, que reúne 17 bairros de Vila Velha. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.

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