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Padre Fábio de Melo fala sobre a luta contra a depressão: ‘Deus me sustentou’

O padre emocionou fiéis ao compartilhar detalhes de sua batalha contra a depressão durante um evento em Pernambuco, destacando a força da fé para superar momentos de angústia

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Padre Fábio de Melo emociona fiéis ao compartilhar sua luta contra a depressão. Foto: Reprodução Redes Sociais

Padre Fábio de Melo emociona fiéis ao compartilhar sua luta contra a depressão. Foto: Reprodução Redes Sociais

O padre Fábio de Melo, de 48 anos, fez um relato emocionado sobre a recorrência de sua luta contra a depressão, durante sua participação em um evento religioso da Igreja Católica. A declaração ocorreu na noite do último domingo, dia 19, durante a celebração dos 35 anos da Comunidade Obra de Maria, realizada na Arena Pernambuco, localizada em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife.

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Em seu discurso, o religioso compartilhou com os fiéis a batalha que tem enfrentado nas últimas semanas. “Quero abrir meu coração. Nessas duas últimas semanas, a depressão voltou a tomar conta de mim. Durante esse período, eu tive apenas um pensamento constante: a vontade de deixar de viver”, revelou, emocionando a multidão presente no evento.

Apesar das adversidades, padre Fábio reforçou sua determinação em superar o desafio. “Mas eu não estou sozinho. Sei que o Senhor está comigo e que não vou desistir. Hoje, proclamo que estou renascendo e que este é o primeiro minuto de uma nova vida”, afirmou ele, demonstrando esperança e fé.

Nas redes sociais, após o evento, o padre compartilhou um relato sobre os momentos que antecederam sua apresentação. Segundo ele, quinze minutos antes de sair para a celebração, estava na cama e se sentia incapaz de interagir com as pessoas. “A obrigação foi o que me levou. Quando cheguei, o evento estava atrasado, e precisaria esperar por cerca de duas horas. Percebendo meu estado, os meninos começaram a cantar no camarim”, contou.

Ele também relatou o que sentiu durante a apresentação. “No palco, experimentei dor no peito, sensação de asfixia, medo, angústia, tristeza e uma vontade incontrolável de sair. Mas as pessoas estavam ali, oferecendo amor, carinho e oração. Mesmo sem nada a oferecer, Deus me sustentou do início ao fim”, concluiu.

O padre já havia compartilhado anteriormente sua experiência com a depressão e a síndrome do pânico, condições com as quais convive há cerca de cinco anos. Em 2020, ele falou sobre os momentos mais difíceis dessa jornada em uma conversa com Angélica, no podcast “Simples Assim”. Na ocasião, revelou que chegou a pensar em tirar a própria vida e descreveu a dificuldade de lidar com a situação.

“O ponto alto da minha descrença com o mundo e com Deus foi quando tive depressão e síndrome do pânico. Eu literalmente fui para debaixo da cama. Sempre acreditei que, ao corrigir algo em mim, posso corrigir o mundo. Quando percebi que não conseguia me ajustar, foi muito difícil”, relatou. Ele destacou que, apesar da recuperação, esse período deixou marcas profundas. “A depressão é cruel porque você perde o conforto em si mesmo. Independentemente do lugar ou das pessoas ao seu redor, não há paz interior. Isso nos confronta com a nossa própria insuficiência humana”, refletiu o padre.

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