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Oropouche: Sesa orienta população a evitar cidades. Saiba quais

No estado, até esta terça-feira (10), são 2.840 casos da febre oropouche confirmados no sistema e-SUS Vigilância em Saúde

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Mosquito maruim é o vetor da febre oropouche. Foto: Reprodução

Mosquito maruim é o vetor da febre oropouche. Foto: Reprodução

Após a confirmação da morte de uma mulher de 61 anos, residente de Fundão, no Espírito Santo, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) alertou sobre o aumento de casos de infecção pelo vírus oropouche em diversos municípios capixabas. Os locais com maior número de casos são Alfredo Chaves, Iconha, Laranja da Terra, Itaguaçu, Rio Bananal e Colatina.

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O subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso,  em entrevista à BandNews FM Espírito Santo nesta quarta-feira (11), destacou a necessidade de a população redobrar os cuidados, especialmente nas regiões mais afetadas. “Atualmente, 63% dos casos estão na zona rural, enquanto 35% ocorrem nas áreas urbanas”, explicou.

Em Alfredo Chaves, por exemplo, já foram registrados mais de 700 casos confirmados, um número considerável em comparação com outras cidades. O maruim, mosquito transmissor da doença, é muito pequeno e quase invisível, sendo 20 vezes menor que o Aedes aegypti. Além disso, seu comportamento tem mudado nos últimos meses, com maior atividade durante o dia todo, ao contrário de períodos específicos como antes. “O maruim pode depositar de 50 a 150 ovos de uma vez”, frisou Orlei.

O subsecretário também explicou que o ciclo da doença está sendo intensificado pelo movimento de pessoas entre áreas com alta incidência de infecção e outras regiões. Isso contribui para a disseminação do vírus. “Quem não precisar ir a esses locais deve evitar, principalmente até que possamos compreender melhor como a doença está se espalhando”, recomendou.

A Sesa tem trabalhado com equipes do Instituto Evandro Chagas, do Pará, para investigar as condições no Espírito Santo. Os pesquisadores estão realizando coletas do maruim em áreas como Alfredo Chaves e Iconha, com o objetivo de entender melhor o comportamento do mosquito e as condições que favorecem sua proliferação.

Além disso, equipes do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Espírito Santo estão em campo para investigar o vírus. A operação, que começou na segunda-feira (9) e segue até esta quinta-feira (13), envolve a captura de insetos em áreas com registros recentes da doença. As amostras coletadas serão analisadas em laboratório para identificar espécies e verificar a presença do vírus.

Segundo boletim do Ministério da Saúde, até a o dia 1º de dezembro foram confirmados 9.609 casos de Oropouche em todo Brasil. No estado, até esta terça-feira (10), são 2.840 casos confirmados no sistema e-SUS Vigilância em Saúde. Ainda segundo informações do órgão federal, outros três óbitos pelo Oropouche foram confirmados no País, sendo dois registrados no estado da Bahia, e um óbito fetal em Pernambuco.

Morte por oropouche

A morte de uma mulher de 61 anos, residente de Fundão, no Espírito Santo, foi confirmada como o primeiro óbito no estado causado pelo vírus oropouche. A vítima estava entre os três casos investigados, com dois outros sendo descartados. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira (10), pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
A morte ocorreu no dia 28 de agosto, mas só foi confirmada após a análise da amostra coletada, que foi encaminhada ao Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES) e, após testes para 295 patógenos, o oropouche foi identificado como a causa.

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