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Dia a dia

No ritmo atual, duplicação da BR 101 só termina em 2063

A Eco101 assumiu a concessão da BR-101 no Espírito Santo em 2013, mas em 2022 desistiu do contrato para duplicação da rodovia

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O trecho da BR-101 entre Viana e Guarapari foi duplicado. Foto: Divulgação (Eco101)

Pouco mais de dois anos após desistir do contrato para duplicar a BR-101, a Eco-101 conseguiu junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) um acordo para retomar as obras em um novo contrato. A validação do acordo foi anunciada na última quarta-feira (25).

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Desde que assumiu a concessão, em 2013, a concessionária realizou 62 quilômetros de duplicação no trecho que corta o Espírito Santo. Pelo contrato inicial, que terminaria em 2038, a empresa teria que concluir toda a rodovia, que tem uma extensão de 478 quilômetros.

Ou seja, em 11 anos, foram entregues apenas 13% do total prometido. Para desistir do contrato, a Eco101 alegou na época problemas financeiros, dificuldades para a obtenção de licenciamento ambiental, além da demora nos processos de desapropriações e desocupação ao longo da rodovia.

Com o acordo de repactuação, o contrato prevê a duplicação de 221 km de rodovia e a construção de dois contornos, um em Fundão e o outro em Ibiraçu, ambos no norte do estado. Para isso, houve uma extensão de 10 anos no prazo, além dos 9 que faltavam para o término do contrato inicial.

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Mas, se esse novo contrato seguir o mesmo ritmo do anterior, os motoristas que trafegam pela rodovia vão demorar para ver a duplicação concluída. Em uma conta rápida, se tudo continuar como antes, a expectativa hipoteticamente é de que a obra dure cerca de 39 anos para ser entregue. OU seja, a obra só seria concluída em 2063.

Pela nova proposta, foram retirados da duplicação 155 km, no entanto, foram incluídos 41 quilômetros de faixas adicionais e 11 quilômetros de marginais. A previsão do projeto futuro é de que 96 quilômetros sejam concluídos já nos primeiros três anos. Essa expectativa positiva também foi adotada em 2013, quando a Eco-101 assumiu a concessão. Naquele ano, a previsão da empresa era concluir 90% da duplicação em dez anos. Na realidade, ela conclui pouco mais de 10%.

Eco-101 poderá participar da nova concorrência conforme os moldes estabelecidos pela ANTT. Caso ocorra troca de concessionária, a transição será feita em três anos, evitando interrupções nas melhorias.

A concessionária também se comprometeu a quitar as multas aplicadas, totalizando R$ 183,4 milhões em débitos calculados pela ANTT. Em nota, a empresa informou que aguardará a publicação da decisão do TCU para dar andamento às providências necessárias para a sua implementação.

A Eco101 informou ainda que, desde o início da concessão, sem contabilizar os investimentos previstos para 2024, foram investidos R$ 2,3 bilhões na BR-101/ES/BA. Esses recursos garantiram a recuperação inicial da rodovia e eliminação de desníveis nos acostamentos, a construção de instalações operacionais, avanços nas duplicações, construção de vias locais, passarelas, recuperação de estruturas e pontes, equipamentos, sistemas e tecnologias, além dos serviços operacionais voltados aos usuários.

Confira os trechos duplicados na BR-101 que foram entregues:

João Neiva (entre os quilômetros 205,4 e 208,1) 

Além da duplicação das pistas, foi construído um viaduto na altura da comunidade Caboclo Bernardo, no quilômetro 206, que eliminou o cruzamento que existia no local, colaborando com a segurança e trafegabilidade.

Ibiraçu (entre os quilômetros 215,9 e 220,4) 

Além da duplicação das pistas, o trecho ganhou novos dispositivos de segurança, nova sinalização horizontal e vertical e, para maior conforto dos moradores do distrito de Guatemala, uma passarela. O traçado da pista foi retificado, entre os quilômetros 218 e 219, no trecho da curva do Mosteiro, para suavizar e adequar curvas muito fechadas, compatibilizando com a velocidade da via, visto que a BR-101 foi construída entre as décadas de 1950 e 1970.

Contorno de Iconha (entre os quilômetros 373,5 e 380,2)

O Contorno de Iconha trouxe mais fluidez ao tráfego e mais segurança aos usuários, reduzindo a travessia, que passava pelo centro da cidade, de uma hora para até seis minutos. 

Além de pistas duplicadas, foram construídas duas pontes e quatro viadutos. A região era conhecida como o maior gargalo para o transporte de cargas no Sul do Espírito Santo.

Viana a Guarapari (entre os quilômetros 305 e km 335)

O trecho possui cerca de 30 quilômetros de extensão, passando por Viana, Vila Velha e Guarapari. Além da duplicação das pistas, foram construídos três viadutos e duas pontes. Durante os serviços, também foram realizadas readequações da geometria da via.

Guarapari a Anchieta (entre os quilômetros 335 e 357,7)

O trecho conta com 22 quilômetros de extensão. Desses, 15 já foram liberados ao tráfego e sete estão com serviços em andamento. Além da duplicação das pistas, foram entregues dois viadutos que dão acesso à Alfredo Chaves e novas pontes sobre o Rio Conceição e Rio Jabuti. Está em andamento a construção de outros dois viadutos na região de Jabaquara e duas pontes sobre o Rio Grande e Rio Benevente, incluindo a recuperação e alargamento das existentes.

Anchieta (entre os quilômetros 362 e 365)

O trecho conta com 2,5 quilômetros de extensão, sendo o primeiro segmento duplicado pela Eco101 no município de Anchieta.


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