Dia a dia
Mulheres pretas e pardas fazem mais serviços domésticos no ES
De acordo com o IBGE, as mulheres pretas e pardas, analisando o recorte racial, estão em nível de desigualdade em relação às mulheres brancas

As mulheres pretas ou pardas dedicam mais tempo aos serviços domésticos. Foto: Divulgação (IBGE)
Os dados do IBGE, divulgados nesta sexta-feira (8), mostram que as mulheres apesar de trabalharem mais, ainda ganham menos que os homens. A diferença acontece também em relação ao recorte racial.
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No Espírito Santo, as mulheres pretas ou pardas estavam mais envolvidas com o trabalho doméstico não remunerado que as mulheres brancas (1,7 hora a mais).
Para os homens, de acordo com o levantamento, a cor ou raça declarada pouco afetou a dedicação a essas atividades.
Em 2022, quando foram analisadas apenas as pessoas ocupadas, o número médio de horas semanais dedicadas aos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos pelas mulheres também superou o número de horas empregadas pelos homens em tais atividades.
Ao todo, foram 18,3 horas contra 11,5 horas. Esse indicador pouco variou quando se considera a cor ou raça, tanto para os homens quanto para as mulheres.
Mortalidade
As meninas estruturalmente possuem taxas de mortalidade menores que a dos meninos.
Em 2021, a taxa anual de mortalidade de crianças com menos de 5 anos de idade no Espírito Santo era de 14,6 em cada 1.000 nascidos vivos, para os meninos; e 11,6, para as meninas, oitava menor do País.
Por outro lado, a expectativa de vida das mulheres aos 60 anos no estado é de 26,8 anos, a segunda maior do País, atrás apenas de Santa Catarina, além de ser maior que a dos homens na mesma situação.
