Dia a dia
Mulher doa rim ao marido no ES e salva vida no Dia dos Namorados
Após quase cinco anos de hemodiálise, Fredson recebeu o rim da esposa Maria Gorete em um transplante feito no Hospital Evangélico de Vila Velha

Gesto de amor que salvou uma vida e renovou a esperança do casal capixaba Maria Gorete e Fredson. Foto: Arquivo Pessoal
No Dia dos Namorados de 2023, a advogada Maria Gorete Hildefonso, de 47 anos, fez mais do que declarar seu amor: ela salvou a vida do marido ao doar um dos rins para ele. Fredson Lima, de 43 anos, enfrentava sessões de hemodiálise há quase cinco anos, após o diagnóstico de nefropatia por IgA, uma doença autoimune que ataca os rins.
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O casal, que vive em Linhares, no norte do Espírito Santo, realizou o transplante no Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), referência estadual em cirurgias renais com doador vivo e falecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Foram anos difíceis, muitas vezes meu marido passava mal. Então, decidi doar e hoje ele tem uma vida saudável. É muito bom ver quem a gente ama com saúde”, contou Maria Gorete.
Antes da decisão da esposa, Fredson tentou encontrar um doador compatível entre os familiares. “Uma das minhas irmãs chegou a ser compatível, mas desenvolveu um problema de saúde e não pôde seguir com a cirurgia. Depois disso, minha esposa me presenteou com esse ato e sou eternamente grato. Ela mudou a minha vida”, relembra.
O procedimento foi realizado com segurança e êxito. De acordo com o coordenador do Centro Transplantador do HEVV, Bruno Majevski, o transplante entre pessoas vivas é uma alternativa segura para quem está na fila de espera. “O transplante com doador vivo transforma vidas. Os resultados são positivos e os pacientes recuperam a qualidade de vida”, afirmou.
Desde 1980, o HEVV é habilitado para realizar transplantes renais pelo SUS. A instituição oferece acompanhamento integral aos pacientes. “Nossa equipe atua desde a fase pré-operatória até o pós-cirúrgico. Reforçar essa alternativa é oferecer esperança a quem aguarda por um órgão”, destacou a coordenadora do serviço de Nefrologia, Dra. Luciana de Assis Borba.
A história de Maria Gorete e Fredson mostra que o amor pode, literalmente, salvar vidas — e que o transplante intervivo é um caminho viável para muitos pacientes renais crônicos no Espírito Santo.
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