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Mortes, agressão e afogamento de crianças chocam o ES

Em duas das crianças que morreram existem as suspeitas de violência sexual. O padrasto de uma delas está preso

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Casos com crianças: um bebê foi levado para o hospital após afogamento em piscina de hotel em Cachoeiro. Foto: Divulgação (Hifa)

Em menos de uma semana, quatro ocorrências envolvendo crianças chocaram o Espírito Santo pela covardia e crueldade. Ao todo, duas crianças morreram ao dar entrada em unidades de saúde com sinais agressão violência sexual. E na última quarta-feira (18), um bebê de um ano e meio foi encontrado desacordado em uma piscina de hotel no Sul do Espírito Santo.

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O primeiro caso aconteceu na última terça-feira (17). O menino Davy Luccas Cândido Rodrigues, de 3 anos, foi deixado pelo padrasto no Pronto Atendimento de Alto Lage, em Cariacica, já sem vida. O homem, identificado como Fábio Santos, foi preso suspeito de envolvimento no crime.

O enterro da criança aconteceu na última quarta-feira (18) em clima de revolta. A mãe da criança, que estava viajando, fez um desabafo e chegou a chamar o companheiro de mostro. Segundo declarou na imprensa, ela nunca imaginou que ele pudesse fazer isso com o filho.

A violência não parou por aí. A irmã de Davy, de 1 ano e oito meses e que também estava sob os cuidados do suspeito, foi encontrada perdida nas ruas do bairro Dom Bosco, em Cariacica, com sinais de maus-tratos e violência. Ela foi levada para o hospital, recebeu atendimento médico e já recebeu alta.

A Polícia Civil (PCES) informou que o suspeito foi autuado em flagrante por homicídio qualificado pelo fato de ser a vítima menor de 14 anos e majorado pelo fato de o autor exercer autoridade sobre a vítima.

Os laudos do Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica (PCIES), não foram conclusos sobre violência sexual, dependendo de laudo final para eventual constatação. Contudo, exames preliminares constataram vários indícios de espancamento, sendo este a provável causa da morte apurada, inicialmente.

Quanto à situação de abandono e violência da irmã do menino, a PCES realizou diligências preliminares que constatou que o suspeito, ao sair de casa para tentar prestar socorro ao menino, deixou a menina aos cuidados de um vizinho, pessoa maior de idade, afastando, inicialmente, a versão de abandono de incapaz.

“Concomitante, a autoridade requisitou exame de lesões em caráter de urgência, sendo constatadas pelo laudo marcas de castigos físicos excessivos. Em depoimento, o suspeito negou qualquer violência sexual ou uso imoderado de força física contra as duas crianças e atribuiu os excessos à mãe das crianças”, informou a PC.

O procedimento será encaminhado à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para as demais diligências que o caso requer e investigar a conduta da mãe das crianças. Por envolver menor de idade, o caso segue sob sigilo. O suspeito foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV), onde permanece à disposição da Justiça. 

Outro caso que chocou os capixabas foi o  de uma criança de dois meses que morreu ao dar entrada no Pronto Atendimento da Glória, em Vila Velha. Foi o segundo caso registrado no mesmo dia. A criança foi levada para o hospital e, de acordo com a polícia, a equipe médica declarou que a morte foi causada por suspeita de violência sexual. Os pais, um homem de 24 anos e uma mulher de 21, foram levados para a Delegacia Regional de Vila Velha e liberados após serem ouvidos, já que a autoridade policial não identificou elementos suficientes para realizar a prisão em flagrante naquele momento.

A Polícia Científica (PCIES) informou que, segundo a equipe médica, a vítima teria vindo a óbito por complicações devido a abuso sexual, mas que apenas após os resultados dos exames será possível confirmar a causa da morte. O caso também segue sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Por envolver menor de idade, o caso segue sob sigilo. 

Afogamento

Na última quarta-feira (18), uma criança foi encontrada desacordada em uma piscina de um hotel no município de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do estado. A vítima foi levada pelo próprio proprietário do estabelecimento para o Hospital Infantil em estado grave.

Segundo a Polícia Militar, os policiais militares foram até um hospital localizado no bairro Aquidaban, em Cachoeiro de Itapemirim, verificar a informação de que uma criança teria dado entrada na unidade, vítima de afogamento.

“Ao chegar ao local, foi feito contato com o pai do menino, um policial militar, que disse que recebeu um telefonema dizendo que o filho, de um ano e meio, havia sido encontrado afogado na piscina de um hotel infantil e que a criança já tinha sido levada ao hospital pelo dono do hotel em estado grave”, diz um trecho do comunicado.

Em nota, o hospital informou que a criança permanece internada no complexo hospitalar do Aquidaban, mas que informações sobre o quadro de saúde do paciente são repassadas somente aos familiares diretos, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

A Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, por meio da Vigilância Sanitária, informou que o hotel infantil localizado no bairro Aquidaban foi interditado após a ocorrência. “A medida foi adotada em decorrência do afogamento de uma criança no estabelecimento e do descumprimento de normas condicionantes de funcionamento, especialmente, no que se refere ao uso da área da piscina”, diz um trecho da nota.


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