Dia a dia
Moradia sênior: conheça o novo modelo de residência permanente para idosos
Residenciais com “cara de lar” ganham espaço e atraem atenção pela inovação no cuidado à terceira idade

Moradia sênior é considerada um novo modelo de viver para os idosos. Foto: FreePik
O Espírito Santo ultrapassou a marca de 630 mil pessoas com 60 anos ou mais, segundo o IBGE. O número representa aumento de 70% em 12 anos. O dado confirma o rápido envelhecimento da população e reforça a necessidade de políticas e espaços adequados para essa faixa etária.
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No Brasil, as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) avançaram 146%, indo de 2.066 para 5.088 unidades entre 2010 e 2021, segundo a Fiocruz. No estado, levantamento do Ipea já apontava 52 instituições em 2009, especialmente na Região Metropolitana.
Em Vitória, projetos inspirados no conceito de envelhecimento ativo combinam segurança, estímulo e autonomia. No Pontal de Camburi, um residencial oferece moradia fixa, temporária e serviço de Day Care. Os quartos são individuais e há atividades de estímulo cognitivo, terapia ocupacional e áreas comuns abertas.
O espaço mantém política de visitação livre, com participação de familiares em momentos como almoços à beira do Canal de Camburi. O cardápio é adaptado às necessidades dos moradores, mas contempla também os gostos dos visitantes, promovendo um ambiente que remete ao clima familiar.
A rotina inclui música no deck ao entardecer, com repertório escolhido a partir das preferências dos residentes. As playlists personalizadas ajudam a resgatar memórias afetivas e promovem bem-estar.
Conforto e acolhimento
Cada novo morador leva sua história para o convívio da casa. O modelo contraria o isolamento e acompanha o crescimento da chamada “economia prateada”, setor que movimenta R$ 2 trilhões por ano no Brasil, segundo o Sebrae.
“Estamos vivendo mais e precisamos garantir que essa longevidade seja significativa — com saúde emocional, corpo ativo e organização financeira. Por isso, a pauta sobre moradia sênior no Espírito Santo vem ganhando tanta relevância à medida que o cenário demográfico pressiona o poder público, o mercado e a sociedade civil a repensarem o que significa envelhecer com dignidade”, afirma a médica e cofundadora da Mo’ã, Priscilla de Aquino Martins.
