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Lula vira “persona non grata” após criticar Israel

Presidente comparou as ações de Israel em Gaza ao Holocausto. Primeiro-ministro israelense disse que comparação é banalizar as mortes causadas por Hitler

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Presidente Lula durante Coletiva de imprensa na Etiopia. Foto: Ricardo Stuckert

Presidente Lula durante Coletiva de imprensa na Etiopia. Foto: Ricardo Stuckert

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante uma entrevista coletiva durante viagem oficial à Etiópia, provocou uma grave crise diplomática entre Brasil e Israel. Na fala ocorrida no último sábado (17), o presidente comparou a ação de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto.

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Já nesta segunda-feira (19), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou Lula persona non grata.“Nós não perdoaremos e não esqueceremos – em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que se desculpe e se retrate por suas palavras”, postou nas redes sociais.

A declaração de “persona non grata” é um instrumento jurídico reconhecido e utilizado nas relações internacionais. É uma prerrogativa que os estados têm para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo como tal em seu território.

“A comparação do presidente brasileiro Lula entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas, que destruíram 6 milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”, destacou.

No domingo (18), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou as falas de Lula como “infundadas e perigosas” e disse que elas “alimentam o antissemitismo e distorcem a história”. “As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”, publicou.

Embaixador do Brasil em Israel

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chamou para consultas o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, que embarca para o Brasil nesta terça-feira (20). Também foi convocado o embaixador israelense Daniel Zonshine para que compareça ainda nesta segunda-feira (19) ao Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro. 

Segundo nota divulgada pelo Itamaraty, as medidas foram tomadas “diante da gravidade das declarações desta manhã do governo de Israel”. Mauro Vieira está no Rio de Janeiro para a reunião do G20.

*Com informações Agência Brasil.


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