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Lula busca apoio de religiosos para manter veto do PL da “saidinha”

Presidente tenta apoio de evangélicos e católicos envolvidos com atividades em presídios para evitar derrubada do veto

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Lula vetou parte do PL da saidinha. Foto: Reprodução/Youtube

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca o apoio de grupos evangélicos e católicos envolvidos com atividades em presídios na tentativa de evitar a derrubada do veto presidencial ao projeto de lei que limita as saídas temporárias de detentos em feriados, a “saidinha”.

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Essa iniciativa inclui também a colaboração de governadores e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Embora Lula tenha realizado um veto parcial, este afetou um ponto crucial do texto: a proibição das visitas familiares durante as saídas temporárias dos presos.

Ministros e parlamentares aliados ao governo irão procurar a Capelania Prisional, composta por membros evangélicos, e a Pastoral Carcerária, vinculada à Igreja Católica. A expectativa é que o apoio dessas entidades possa influenciar a postura da bancada religiosa no Congresso.

Essa articulação terá o envolvimento direto do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, que é evangélico e já teve experiência na Capelania Prisional. Messias tem sido um dos principais interlocutores do governo com os evangélicos.

Para conquistar o apoio dos governadores e da OAB, os representantes do governo federal irão argumentar que a proibição das visitas familiares tem o potencial de desencadear crises no sistema penitenciário e na segurança pública.

Derrubada quase garantida

A cúpula do Senado e da Câmara dos Deputados considera praticamente certa a derrubada do veto. Os líderes do governo José Guimarães (PT-CE) e Jaques Wagner (PT-BA) já anteciparam esse cenário e, por essa razão, sugeriram a Lula que sancionasse o texto sem alterações.

Além das preocupações com o desgaste junto ao Legislativo, eles entendem que qualquer incidente envolvendo presos durante as saídas temporárias poderá ser atribuído a Lula, afetando sua popularidade.

A decisão de realizar um veto parcial foi tomada após um intenso debate entre a ala mais pragmática e outra que defendia a manutenção da posição histórica do PT, alinhada com especialistas que veem a saída temporária como um instrumento fundamental para a ressocialização dos presos.

Alguns ministérios, como o de Direitos Humanos, liderado pelo ministro Silvio Almeida, defendiam um veto mais abrangente. No entanto, prevaleceu a posição defendida por Ricardo Lewandowski e pela AGU, de realizar um veto parcial.


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