Dia a dia
Justiça encerra processo do técnico Cuca em caso de estupro
Fim do processo foi acatado pelo Tribunal suíço e ainda foi determinado o pagamento de 13 mil francos suíços (R$ 75 mil) em indenização a Cuca pelo caso

Cuca já treinou vários times no Brasil. Foto: Divulgação
A Justiça da Suíça anulou o processo e a condenação do técnico Alexi Stival, o Cuca, por abuso sexual contra uma garota de 13 anos. O crime aconteceu em 1987. A informação é da Folha de São Paulo.
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A decisão foi do Tribunal Regional de Berna-Mittlelland após a defesa fazer o pedido de um novo julgamento do caso. A defesa afirmava ter reunido provas suficientes para provar que o então jogador não havia estuprado a garota.
O pedido foi aceito, mas o Ministério Público alegou prescrição do crime. Com isso, foi sugerido anulação da pena e fim do processo que foi acatado pelo Tribunal suíço. No dia 28 de dezembro, a juíza deu o caso por concluído e ainda determinou o pagamento de 13 mil francos suíços (R$ 75 mil) em indenização a Cuca pelo caso.
Caso
O estupro teria acontecido em 30 de julho de 1987, quando o time do Grêmio, em que Cuca atuava, foi jogar a chamada Copa Phillips em Berna (Suíça). A acusação foi de que eles teriam cometido ato sexual sob coerção com Sandra Pfäffli, de 13 anos, filha de um funcionário do hotel.
Naquela noite, a polícia foi até o hotel e levou os jogadores Alex Stival (Cuca), Henrique Etges, Fernando Castoldi e Eduardo Hamester presos. Henrique e Eduardo confessaram ter feito sexo com Sandra, mas de forma consensual.
Os outros dois jogadores negaram desde o começo e seguiam o depoimento de que a garota havia ido ao quarto para pedir brindes ao time. Ao jornal suíço Blick, Sandra disse que três jogadores a imobilizaram e um a estuprou, que segundo ela poderia ser Cuca. Nos depoimentos, ela não o identificou ao ver fotos.
O processo de investigação seguiu em curso até 1989. Cuca, Henrique e Eduardo foram condenados a 15 meses de prisão e uma multa de US$ 8.000 (R$ 106 mil hoje). Já Fernando pegou 3 meses e multa de US$ 4.000 (R$ 53 mil hoje) como cúmplice. Entretanto, nenhum dos jogadores voltaram à Suíça para se defender e nunca cumpriram as penas.
