Homem que apedrejou advogada no ES violou tornozeleira e cometeu vários crimes

Gelson Aparecido dos Santos, de 40 anos, é dependente químico e, antes do crime, havia violado a tornozeleira eletrônica a qual fazia uso por determinação da Justiça. Ele foi preso na tarde de segunda-feira (10), acusado de ter atirado uma pedra contra um carro e atingir Michaella Zukowski, de 25 anos, no último sábado (8), na Rodovia do Sol, em Vila Velha. O suspeito confessou o crime e alegou estar sob o efeito de álcool.

Segundo o titular do 6º Distrito Policial de Vila Velha, delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, o acusado já responde por crimes como de trânsito, estupro, desacato, roubo e porte ilegal de arma de fogo. Em depoimento, ele disse que estava sob efeito de álcool transitando pelas faixas de rolamento da Rodovia do Sol, no sentido Vila Velha. O motorista do veículo, que seguia na mesma direção, sinalizou com farol e buzina para o homem sair da pista.

“Depois de uma certa insistência do motorista do carro em que a vítima estava, o acusado se deslocou para o acostamento. O carro voltou a andar, ele se abaixou, pegou uma pedra com a mão direita, virou-se em direção ao veículo e arremessou a pedra em direção ao parabrisa, quebrando na altura do passageiro. O veículo da vítima nem chegou a parar, foi direto em busca de socorro médico. E ele disse que não conseguiu perceber a dimensão do estrago que ele havia feito”, relatou o delegado.

A advogada teve afundamento de crânio e terá que passar por cirurgia. Foto: Reprodução

O criminoso já foi preso anteriormente e estava em liberdade sob o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) já havia notificado a Justiça sobre a violação da tornozeleira eletrônica. Gelson não havia sido localizado e já era considerado foragido da Justiça.

“Sua localização não era simples, nem fácil, uma vez que em alguns momentos da vida ele desaparece. Inclusive há ocorrências que a família dele reporta seu desaparecimento. Em alguns momentos, ele se embala em jornadas de uso de álcool e cocaína e perde o contato com toda a família”, disse o delegado.

Dessa vez, Gerson contou ter feito uso de um medicamento, que o recuperou mais rapidamente dos efeitos do álcool. A partir dessa melhora, foi possível começar a trabalhar como ajudante de pedreiro em uma obra próxima a região que ele mora, foi o que facilitou que a Polícia Civil chegasse até ele.

“Eu fiquei surpreso pelos crimes que ele praticou, estupro, roubo, ele estar solto. Pelo comportamento dele, pela forma agressiva que ele age, pela forma que ele expõe a vida das pessoas ao perigo, ele tem que ficar preso. Ele tem que ser tratado, ele não pode ser devolvido à sociedade com esse comportamento, porque ele expõe a perigo a vida e saúde de outras pessoas. Esperamos que com essa prisão de fato ele fique detido e que ele passe por um tratamento e tenha condições de viver em sociedade. Da forma que está, ele vai causar outros danos e o resultado pode ser muito pior que esse”, pontou o delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda.

Gelson Aparecido dos Santos foi preso em cumprimento do mandado de prisão relacionado ao crime de roubo e autuado em flagrante por tentativa de homicídio. Para o delegado, o entendimento de tentativa de homicídio pode ser reavaliado pelo judiciário.

CARRO FOI ATACADO

Michaella Zukowski saiu de Guarapari, por volta das 5 horas, com o pai e o irmão com destino ao Aeroporto de Vitória. Eles embarcariam para Minas Gerais, onde acontecia o velório do avô. Na Rodovia do Sol, foram surpreendidos por um homem que atirou o paralelepípedo contra o carro que atingiu a advogada que estava no banco do carona.

De acordo com a Polícia Militar, o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) recebeu a informação de que uma mulher com ferimento profundo na cabeça havia dado entrada em um hospital particular no bairro Praia da Costa, em Vila Velha.

A Polícia Civil informa que, inicialmente, o caso segue sob investigação do 8º Distrito Policial de Vila Velha que trabalha para que o suspeito seja identificado e responsabilizado. A população pode denunciar através do Disque-denúncia (181) qualquer tipo de irregularidade, ilegalidade ou repassar informações que ajudem as polícias na elucidação de delitos ou infrações. A ligação é gratuita e pode ser realizada em qualquer município do estado.

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