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Golpe em boletos: ex-funcionária é presa por desvio de R$ 560 mil no ES

Sandra Helena de Souza, de 45 anos, é acusada de adulterar boletos e desviar valores de empresa em Vitória, causando prejuízo milionário

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Boletos falsos apreendidos pela Polícia Civil durante a investigação apontam como a ex-funcionária desviava valores da empresa de imóveis

Boletos falsos apreendidos pela Polícia Civil durante a investigação apontam como a ex-funcionária desviava valores da empresa de imóveis. Foto: Divulgação/Sesp

Sandra Helena de Souza, de 45 anos, foi presa durante a Operação Mundo Pequeno, deflagrada pela Polícia Civil em 31 de julho. Ela é acusada de fraudar boletos e desviar R$ 560 mil de uma empresa administradora de imóveis em Vitória, onde trabalhou por sete anos.

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A investigação começou em julho de 2024, quando o sócio-administrador da empresa denunciou irregularidades no pagamento de tributos. Segundo a polícia, Sandra aproveitou a função de confiança que exercia para emitir cerca de 60 boletos adulterados ao longo de dez meses.

Esquema de fraude

De acordo com o delegado Diego Bermond, responsável pelo caso, os boletos tinham valores compatíveis com despesas reais da empresa, como impostos e planos de saúde. Isso reforçava a credibilidade e dificultava a percepção do golpe.

O empresário acreditava estar quitando tributos, mas os pagamentos eram direcionados para uma pessoa jurídica ligada à investigada. Além do desvio de R$ 560 mil, a vítima teve prejuízo extra de R$ 177 mil em multas e juros pelo atraso no pagamento dos impostos.

Mudança de padrão de vida

Sandra Helena de Souza, de 45 anos, foi presa em Vitória acusada de fraudar boletos e desviar mais de R$ 560 mil

Sandra Helena de Souza, de 45 anos, foi presa em Vitória acusada de fraudar boletos e desviar mais de R$ 560 mil. . Foto: Divulgação/Sesp

As investigações mostraram que Sandra mudou de vida após a fraude. Ela saiu de um bairro em Cariacica para morar de frente para a praia, em Itaparica, comprou um carro importado e fazia viagens frequentes para Domingos Martins.

No interrogatório, admitiu ter fraudado os boletos, mas alegou que já havia gasto todo o dinheiro. A polícia, no entanto, suspeita que parte da quantia ainda esteja oculta.

Consequências e indiciamento

A ex-funcionária foi indiciada por estelionato na modalidade fraude eletrônica, com agravantes por continuidade delitiva e por envolver vítima idosa. As penas podem ultrapassar 17 anos de prisão.

Segundo o superintendente de Polícia Regional Metropolitana, delegado Ícaro Ruginski, a prisão preventiva foi autorizada pelo alto valor envolvido e pela gravidade do esquema. “Mesmo sendo crime sem violência ou grave ameaça, o caso exigia resposta firme”, afirmou.

Próximos passos

A Polícia Civil aguarda laudos da quebra de sigilo bancário e a análise de celulares e computadores apreendidos. A apuração também busca identificar o papel de intermediárias financeiras usadas para mascarar os pagamentos.

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