Gabigol é suspenso por tentativa de fraudar exame antidoping

Gabigol é um dos destaques do Flamengo. Gilvan de Souza / CRF

O jogador Gabigol recebeu uma suspensão de dois anos devido a uma violação no exame antidoping. O julgamento, iniciado na semana passada, foi concluído nesta segunda-feira (25). O atacante do Flamengo compareceu à sessão da Justiça Desportiva Antidopagem, que durou pouco mais de duas horas. A punição entrará em vigor a partir de abril, com a possibilidade de recurso.

O julgamento foi disputado, com uma votação apertada de 5 a 4 a favor da penalidade imposta ao jogador. Gabigol foi acusado de infringir o artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, relacionado à “fraude ou tentativa de fraude em qualquer parte do processo de controle”. Este código prevê uma suspensão de até quatro anos em caso de condenação.

Durante a defesa, foi apresentado o testemunho de L.C. Cameron, bioquímico, que foi chamado para discutir métodos e técnicas de detecção de doping. Ele foi interrogado pelos advogados de Gabriel, pela Procuradoria do tribunal e pelos auditores. No seu depoimento, Cameron afirmou que, principalmente do ponto de vista do resultado da coleta, não houve irregularidade.

A denúncia foi feita no final de dezembro e a defesa foi enviada dentro do prazo, em 26 de janeiro, incluindo imagens das câmeras de segurança do Centro de Treinamento Ninho do Urubu para corroborar a versão do atleta.

A primeira sessão do julgamento foi realizada em 20 de março, com cinco horas de duração, ocorrendo de forma online pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD). Gabigol prestou depoimento por videoconferência, assim como outras sete testemunhas.

Após a primeira sessão, o tribunal decidiu encerrar e continuar as deliberações nesta segunda-feira, também de forma online. Gabigol participou da sessão. Um dos pontos de defesa do jogador destacou que ele realizou o exame de sangue, considerado mais eficaz.

Gabigol foi representado pela equipe de Bichara Neto, advogado que defendeu Paolo Guerrero em um caso de doping nos tribunais da FIFA em 2017. O vice-presidente geral e jurídico do clube, Rodrigo Dunshee, também esteve presente na sessão em defesa do jogador.

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