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Furtos de baterias ameaçam sinal de internet e telefone no ES

Mais de 200 equipamentos foram levados de torres de telefonia; prejuízo passa de R$ 1,6 milhão e polícia já prendeu suspeitos

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Furtos de baterias ameaçam sinal de internet e telefone no Espírito Santo

Equipamentos de telefonia recuperados pela Polícia Civil e suspeito preso em Cariacica, apontado como um dos principais envolvidos nos furtos. Foto: Reprodução

Hospitais, delegacias e moradores do Espírito Santo ficaram sob ameaça de perder sinal de telefone e internet após uma série de furtos em torres de telefonia. Desde junho, mais de 200 baterias de lítio foram levadas de sites espalhados pelo Estado, segundo a Polícia Civil. O prejuízo às operadoras já supera R$ 1,6 milhão.

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Essas baterias são responsáveis por manter o funcionamento das antenas durante quedas de energia. Sem elas, regiões inteiras podem ficar desconectadas.

Prisão em Cariacica atinge principal alvo da investigação

Na última quarta-feira (17), policiais civis prenderam em Jardim Campo Grande, Cariacica, um homem de 26 anos apontado como um dos principais executores dos furtos. A prisão foi considerada um passo decisivo contra a quadrilha.

Outros três suspeitos, com idades entre 25 e 66 anos, já haviam sido detidos em flagrante em julho, em Cariacica e Vitória, logo após furtarem três baterias.

Funcionários terceirizados sob suspeita

Segundo a Polícia Civil, os envolvidos tinham conhecimento técnico e acesso restrito às torres, o que facilitava os furtos. “As baterias garantem que não haja interrupção de serviços essenciais. Quando são levadas, toda a população fica em risco”, afirmou o delegado-geral José Darcy Arruda.

As investigações apontam que o grupo usava chaves específicas para abrir os gabinetes chamados “bastidores”, onde as baterias ficavam instaladas.

Próximos passos da operação

A polícia agora foca nos receptadores dos equipamentos e na apuração de possíveis funcionários de empresas terceirizadas que possam ter colaborado com a quadrilha. O delegado Gabriel Monteiro explicou que as baterias podem ter sido destinadas a sistemas clandestinos de internet e até a usinas de energia solar.

Reincidência no estado

Esse não é o primeiro caso registrado no Espírito Santo. Em 2021, furtos semelhantes desligaram 31 torres, também envolvendo funcionários terceirizados. Na ocasião, parte do material foi recuperada.

A Polícia Civil reforçou que, por afetar serviços essenciais, esse tipo de crime tem penas mais duras, de dois a oito anos de prisão, além da possibilidade de condenações múltiplas para cada ocorrência.

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