Dia a dia
Fato ou boato: preso do ES recebeu fila de mulheres para visita íntima?
Após sua prisão, Ademirço Alves Emidio Junior teria atraído uma fila de mulheres no presídio

Boatos afirmam que Ademirço Alves Emidio Junior teria recebido uma fila de mulheres para visita íntima. Foto: reprodução
Logo após a divulgação da prisão de Ademirço Alves Emidio Junior, o “Juninho”, começaram a circular nas redes sociais informações de que haveria uma fila de mulheres aguardando para ter visita íntima com o preso. Ele é apontado como o criminoso mais procurado de Marataízes, no Sul do Espírito Santo.
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O “bonitão” foi preso na semana passada, na cidade de São Pedro da Aldeia, no litoral do Rio de Janeiro, e levado para o Presídio Evaristo de Moraes, também no estado fluminense, onde aguarda decisão judicial para ser transferido ao Espírito Santo.
A suposta “popularidade” do preso começou a circular junto à notícia de sua captura. Apesar dos boatos, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) afirmou que não há registro de mulheres habilitadas para visitar o detento, seja para visitas sociais ou íntimas.
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Segundo o órgão, Ademirço deu entrada no sistema prisional em 8 de agosto, passou por audiência de custódia no dia seguinte e continua preso. A Seap explicou ainda que, para visitas íntimas, é necessário cadastro prévio e comprovação de vínculo afetivo, conforme regras internas e legislação vigente — algo que, até o momento, não ocorreu no caso do “preso bonitão” de Marataízes.
Regras para visita íntima
À reportagem do ES360, a Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus) informou que, no sistema prisional capixaba, também existem regras para a concessão desse benefício.
As visitas às unidades prisionais do estado são permitidas somente para pessoas devidamente cadastradas junto ao Centro de Cadastramento de Visitantes (Cecavi). Para realizar o cadastro, é necessário atender a alguns requisitos e enviar a documentação solicitada, conforme detalhado no site.
No caso de visita íntima, é imprescindível que o visitante seja casado ou comprove união estável. Em caso de rompimento da relação, o interno deverá aguardar um período de um ano para realizar novo cadastro. A Sejus esclarece que essa modalidade de visitação é destinada exclusivamente a presos já sentenciados, de bom comportamento, e que internos em regime provisório não têm direito ao benefício.
Prisão no Rio de Janeiro
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), com apoio da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), prendeu, na última quarta-feira (6), Ademirço Alves Emidio Junior, vulgo “Juninho”, considerado o criminoso mais procurado de Marataízes.
A prisão ocorreu após a Delegacia de Polícia de Marataízes receber informações sobre o paradeiro do indivíduo na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. Agentes das duas polícias realizaram levantamentos em diversas cidades e identificaram o prédio onde o suspeito estava morando, em São Pedro da Aldeia, após cerca de dez dias de monitoramento.
“Juninho” tinha contra si mandado de prisão preventiva expedido após condenação a 25 anos pelo latrocínio de Thaylan Fernandes da Costa, ocorrido em 19 de maio de 2020, no bairro Pontal, em Marataízes.
O preso foi levado à sede da 126ª Delegacia de Cabo Frio e, posteriormente, ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça capixaba.
