Fachada do Palácio Anchieta terá nova pintura e iluminação

A obra de reforma da fachada do Palácio Anchieta deve ser concluída em 2026. Foto: Divulgação

A fachada do Palácio Anchieta, em Vitória, está passando por um amplo processo de restauração que inclui pintura, recuperação de ornamentos e esquadrias de madeira, além da implantação de um novo projeto iluminação. O valor total da obra é de R$ 2,86 milhões.

Entre os serviços estão limpeza, tratamento de alvenarias, reforço estrutural em trincas e lajes de balcões, além da recuperação de adornos e esquadrias de madeira. O prazo para conclusão é abril de 2026.

Um dos destaques da obra é a nova iluminação monumental, que abrangerá também a Escadaria Barbara Lindemberg, acesso ao prédio histórico. A proposta prevê destacar a arquitetura da fachada, ampliar a área iluminada e integrar o Palácio à paisagem urbana, contribuindo inclusive para a segurança da região.

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O sistema de iluminação permitirá variações cromáticas em datas comemorativas, reforçando o caráter simbólico do monumento. Para o governo estadual, o projeto é, além de uma intervenção estética, um ato de preservação cultural.

Segundo a secretária de Estado do Governo, Emanuela Pedroso, o trabalho reafirma o compromisso do Executivo com a preservação de bens tombados. O Palácio Anchieta é reconhecido pelo Conselho Estadual de Cultura e foi construído sobre as estruturas do Colégio e Residência São Tiago, fundado no século XVI pelos jesuítas.

“Nosso Governo, liderado pelo governador Renato Casagrande, vem trabalhando para valorizar e preservar o patrimônio cultural do Espírito Santo, com ações que impactam positivamente a vida dos capixabas, a exemplo do que estamos realizando, por exemplo, com a reforma do Teatro Carlos Gomes, e que iniciamos com a restauração do Palácio Anchieta”, afirmou a secretária.

Saiba mais sobre o Palácio Anchieta

Até 1759, o Palácio Anchieta abrigava o Colégio de São Tiago, conjunto que começou a ser erguido em 1570, a partir da construção de uma nova sede para a Igreja de mesmo nome, que havia incendiado. A primeira ala do colégio foi concluída em 1587, pelo Padre José de Anchieta, que morreu dez anos mais tarde sendo enterrado junto ao altar-mor da Igreja de São Tiago.

A segunda ala do colégio só foi construída 120 anos depois, de frente para a Baía de Vitória, e é parte do quadrilátero que acabou de ser erguido em 1747 e existe até hoje. Em 1798, recuperado de um incêndio ocorrido dois anos antes, o prédio é denominado Palácio do Governo.

No ano de 1945, no aniversário da morte do padre José de Anchieta, o então governador, Jones dos Santos Neves, publica decreto nomeando a sede do Governo Estadual como Palácio Anchieta – que guarda o túmulo simbólico do padre desde 1922. Enfrentando três grandes incêndios e várias reconstruções ao longo de sua história, o edifício é Tombado pelo Conselho Estadual de Cultura em 1983 e em 2004 a primeira obra de restauro é iniciada.

Dois anos depois, com a primeira etapa finalizada, o Palácio Anchieta passa a abrigar apenas os setores ligados ao Gabinete do Governador. A restauração completa do Palácio Anchieta foi concluída em 2009, quando o Governo do Estado entregou à população mais do que um patrimônio, uma parte importante de sua história e de sua identidade. Uma das mais antigas sedes de Governo do País, o Palácio está aberto à visitação pública.

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