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Facção de Vitória paga 25g de crack para queimarem ônibus

Criminosos do PCV enviaram mensagens codificadas de dentro dos presídios, ordenando a queima de ônibus na Grande Vitória em novembro

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Coletiva de imprensa apresentou esquema de facção que ordenou incêndios em ônibus de dentro de presídios. Foto Divulgação PC

Coletiva de imprensa apresentou esquema de facção que ordenou incêndios em ônibus de dentro de presídios. Foto Divulgação: PC

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A facção mais poderosa do Espírito Santo, o Primeiro Comando de Vitória (PCV), ordenou ataques a ônibus de dentro dos presídios capixabas. A informação foi revelada por uma investigação da Polícia Civil, divulgada na tarde desta sexta-feira (6).

De acordo com o coordenador do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), delegado Alan Moreno de Andrade, as ordens foram dadas de forma detalhada: os traficantes que estão no Complexo da Penha, em Vitória, núcleo da facção, deveriam fornecer 25 gramas de crack a cada dependente químico para que queimassem os coletivos. “Eles falam o seguinte: ‘vamos pegar um quilo de crack, dividir em 40 porções de 25 gramas, e queimamos 40 ônibus'”, detalhou o delegado.

A operação, chamada Machine Head, começou em meados do ano passado e resultou em prisões e na denúncia de 13 pessoas pelo Ministério Público, envolvidas em um esquema que envolvia criminosos da facção, seus familiares e advogados.

Os familiares eram responsáveis por levar recados dos presos aos traficantes de fora dos presídios, além de transportar drogas para dentro das cadeias. A polícia teve acesso aos bilhetes enviados pelos suspeitos e percebeu que as mensagens eram codificadas.

Entre os recados, foram descobertas ordens para incendiar ônibus na Grande Vitória, em novembro, o que de fato ocorreu. Um dos integrantes da facção, identificado como Robson Santos da Silva, 33 anos, conhecido como Caveira, que está foragido, teria incitado o chefe da facção, Fernando Moraes Pereira Pimenta, 31, conhecido como Marujo, que está preso, a ordenar um “salve” — um comunicado que partiria do líder para toda a facção, ordenando ações de violência fora do presídio, como depredações e assassinatos.

Embora Marujo não tenha acatado a sugestão, as ações de incêndio aos coletivos foram realizadas. Além dos familiares, advogados também são investigados por fazer parte do esquema de comunicação entre os criminosos presos e seus comparsas fora da cadeia.


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