Estudante capixaba tem projeto lançado ao espaço pela NASA

A estudante Bárbara Rezende Martinelli, ao lado do professor Luiz Gustavo Gomes, apresenta o projeto científico desenvolvido na Escola Estadual Irmã Maria Horta, em Vitória. Foto: Divulgação

Um projeto desenvolvido por uma estudante capixaba da rede pública chegou ao espaço. A jovem Bárbara Rezende Martinelli, de Vitória, viu sua pesquisa ser lançada pela NASA em missão internacional realizada no dia 21 de agosto, entrando para um seleto grupo de estudantes que já tiveram suas ideias testadas fora da Terra.

O trabalho, chamado STEM – Experiment on NASA Flight RB-10, consistiu no envio de sementes ao espaço por balões atmosféricos de grande altitude. A meta é analisar como a radiação solar interfere no processo de germinação e crescimento das plantas.

Com o retorno das amostras, estudantes de diferentes países irão realizar comparações, ampliando o conhecimento científico sobre o tema.

Esquema do experimento STEM – Experiment on NASA Flight RB-10, que enviou sementes de rabanete e couve ao espaço para análise dos efeitos da radiação solar, comparadas a sementes armazenadas na Terra. Foto: Divulgação

Representação brasileira

Selecionada após um rigoroso processo internacional, Bárbara representou o Brasil ao lado de outro estudante do Paraná. Ambos tiveram orientação do professor Luiz Gustavo Gomes, que acompanha alunos com altas habilidades na rede estadual.

“Quando o projeto foi aprovado pela NASA, foi uma alegria imensa. E agora, com o lançamento, só temos motivos para comemorar”, disse o professor.

Missão internacional

A iniciativa foi coordenada pela estudante norte-americana Nicole Haragutchi, criadora da organização Innovation International, que conecta jovens a oportunidades de pesquisa ao redor do mundo. Além do Brasil e dos Estados Unidos, participaram alunos de Gana, Libéria, Arábia Saudita e Filipinas.

Para Bárbara, a experiência reforça o espaço que estudantes podem conquistar. “É gratificante perceber que as ideias dos estudantes podem ser valorizadas e que temos voz para expressar nossa criatividade de maneira significativa”, afirmou.

O projeto também promoveu aprendizado interdisciplinar, reunindo Biologia, Física, Química, Geografia e até Língua Inglesa, além de destacar o protagonismo estudantil da rede pública capixaba no cenário internacional.

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